Grãos: Briga por área deve guiar os negócios em Chicago

O mercado dos grãos em Chicago deverá começar a dar mais atenção para a briga por área nos Estados Unidos entre a soja e o milho. No final deste mês, os produtores norte-americanos começam a decidir sobre os insumos e o plantio e têm de avisar ao USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre suas decisões.

O que motiva essa competição entre as commodities são os extremamente ajustados estoques de passagem divulgados no final do ciclo.  A área de plantio, portanto, estará em voga. É preciso que a soja suba se o milho subir e ao contrário, um irá puxar o outro.

Os preços do milho atingiram, na sexta-feira, as máximas em 30 meses. No entanto, segundo analistas, as cotações precisam subir ainda mais para conseguirem incentivar o plantio. Será necessário uma produção bastante grande para que os estoques sejam adequadamente recompostos. "A batalha por acres oficialmente começou", disse Brenden Olson, analista do Country Hedging.

Soja - Diante destas incertezas e de fundamentos diferenciados, a soja opera com volatilidade na sessão diurna desta segunda-feira. Os futuros da oleaginosa já operaram no campo positivo - sustentados pela demanda. Nesta segunda-feira, o USDA anunciou a venda de 114 mil toneladas de soja para  China.

No entanto, pesam sobre as cotações as chuvas que caíram sobre a Argentina e ainda as previsões de um clima mais favorável para lavouras no país. Estas mesmas chuvas pressionam o milho na CBOT. A precipitação esperada para Córdoba entree terça e quarta-feira deve aliviar as plantas que sofrem com as altas temperaturas e o calor excessivo.