Crescimento econômico global pode desacelerar para 2,3% por tensões comerciais, diz a agência de comércio da ONU

Publicado em 16/04/2025 08:07 e atualizado em 16/04/2025 09:16

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Por Olivia Le Poidevin

GENEBRA (Reuters) - O crescimento econômico global pode desacelerar para 2,3% uma vez que as tensões comerciais e a incerteza impulsionam uma tendência de recessão, disse a agência de Comércio e Desenvolvimento da ONU (UNCTAD) nesta quarta-feira.

"O crescimento global deve desacelerar para 2,3% em 2025, colocando a economia mundial em um caminho de recessão", disse a UNCTAD, citando um relatório que publicou sobre as perspectivas de comércio e desenvolvimento para este ano.

A economia global cresceu 2,8% em 2024, segundo o relatório.

"Essa é uma desaceleração significativa em comparação com as taxas médias de crescimento anual registradas no período pré-pandemia, que por sua vez foi um período de crescimento moderado em todo o mundo", disse o relatório.

As incertezas comerciais abalaram os mercados financeiros este mês depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas abrangentes sobre muitos países em 2 de abril. Trump inesperadamente suspendeu as tarifas mais altas sobre uma dúzia de economias dias depois, mas impôs taxas ainda mais rígidas de 145% sobre a China.

A UNCTAD disse que os temores de recessão nos EUA estão crescendo à medida que as preocupações com as tarifas aumentam o nervosismo dos investidores.

"A implementação de sucessivas rodadas de medidas comerciais restritivas e o confronto geoeconômico acarretam o risco de graves problemas nas linhas de produção que cruzam as fronteiras e nos fluxos de comércio internacional, o que, por sua vez, reduz a atividade econômica em todo o mundo", afirmou o relatório.

A perspectiva global para 2025 é marcada pelo mais alto nível de incerteza visto neste século, fazendo com que as empresas sofram perdas e atrasem investimentos e contratações, acrescentou o relatório.

A agência da ONU pediu ao governo Trump na segunda-feira que excluísse as economias mais pobres e menores das tarifas recíprocas porque isso "terá um impacto mínimo nos objetivos da política comercial dos Estados Unidos".

(Reportagem de Olivia Le Poidevin)

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Fonte:
Reuters

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