Wall St recua após fortes ganhos com pausa nas tarifas de Trump
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street recuavam nesta quinta-feira, depois dos fortes ganhos na véspera devido à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir temporariamente as pesadas tarifas sobre dezenas de países.
A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois que as novas tarifas entraram em vigor sobre a maioria dos parceiros comerciais, elevando o S&P 500 ao seu maior ganho percentual diário desde 2008 na quarta-feira. O Nasdaq registrou seu maior salto diário desde 2001.
Trump também anunciou uma pausa de 90 dias em muitas de suas novas tarifas recíprocas, mas as elevou de 104% para 125% sobre as importações chinesas. Pequim havia imposto tarifas de 84% sobre as importações dos EUA para igualar a cobrança anterior de Trump.
A União Europeia ainda disse que havia concordado com uma pausa de 90 dias em suas taxas retaliatórias sobre os produtos dos EUA, que entrariam em vigor em 15 de abril.
O Dow Jones caía 2,37%, a 39.646,87 pontos. O S&P 500 tinha queda de 2,87%, a 5.300,33 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 3,52%, a 16.521,82 pontos.
A maioria dos setores do S&P 500 estava em baixa. Os setores de tecnologia da informação e de energia lideravam as perdas, caindo 3,5% e 3,9%, respectivamente.
A maioria das ações de megacaps recuava, com a Tesla e a Nvidia perdendo mais de 4% cada.
Enquanto isso, dados mostraram que o índice de preços ao consumidor caiu 0,1% em março em relação ao mês anterior e avançou 2,4% nos 12 meses até março.
"Continuamos cautelosos com relação aos dados atuais da inflação, já que esses números refletem um período anterior à implementação das tarifas recentes", disse Dan Siluk, gerente de portfólio da Janus Henderson.
"Esperamos mais volatilidade das leituras de inflação nos próximos meses."
Operadores agora veem quase 90 pontos-base de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve em 2025, de acordo com dados da LSEG.
Apesar dos ganhos de quarta-feira, o S&P 500 e o Dow Jones estão cerca de 5% abaixo dos níveis observados antes do anúncio das tarifas recíprocas na semana passada.
(Por Shashwat Chauhan e Purvi Agarwal em Bengaluru)
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