Conab, Itaipu Binacional e UNOPS assinam convênio para reforma e modernização de armazéns
A fim de fortalecer e ampliar a eficiência operacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá elaborar projetos de modernização e reforma de armazéns localizados no Paraná e Mato Grosso do Sul. Os trabalhos serão realizados a partir de convênio firmado entre a Companhia, a Itaipu Binacional e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU) na manhã desta quarta-feira (26).
A assinatura do convênio foi realizada na manhã desta quarta-feira (26) pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, e pelo representante do UNOPS no Brasil, Fernando Barbieri. Também estiveram presentes na solenidade a diretora Administrativa, Financeira e de Fiscalização da Companhia, Rosa Neide, o diretor de Operações e Abastecimento da estatal, Arnoldo de Campos, o vice-governador do Paraná , Darci Piana, a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt; e demais autoridades.
Pelo convênio, serão investidos R$ 55 milhões pela Itaipu Binacional para a realização de diagnósticos situacionais e elaboração de projetos executivos de engenharia dos armazéns da Companhia de Rolândia, Cambé e Ponta Grossa, no Paraná, e de Maracajú, em Mato Grosso do Sul. No caso da unidade armazenadora de Ponta Grossa, também será realizada o desenvolvimento dos projetos executivos e a reforma do armazém. Com as obras de modernização, a Companhia poderá voltar a operar o armazém de Ponta Grossa em seu potencial máximo, armazenando até 420 mil toneladas de grãos. Hoje, esta capacidade está em 300 mil toneladas.
“Nós estamos agora com essa parceria com a Itaipu Binacional, que só em Ponta Grossa vamos aumentar a capacidade de armazenamento em 120 mil toneladas. Ao longo dos ultimos anos faltou cuidado com os armazéns e a estrutura da Conab, ao ponto que nós diminuímos em mais de 30% a capacidade de armazenamento da Companhia. O preço dos alimentos tem a ver sim com a capacidade que o Brasil perdeu de fazer estoques de alimentos. Quando o preço cai para o produtor abaixo do preço mínimo, a Conab pode comprar e nós estamos comprando. Quando o preço sobe para o consumidor, tendo produto no estoque, a gente coloca no mercado e faz o equilíbrio dos preços para os consumidores”, destacou o diretor-presidente da Conab, Edegar Pretto.
A modernização da unidade também facilitará o escoamento da produção de grãos, notadamente trigo e soja, do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, uma vez que está estrategicamente localizada a 200km do Porto de Paranaguá.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, recuperar a capacidade de armazenamento da Conab é uma política de justiça social. “É garantir, não só ao agronegócio que tem um papel estratégico na economia brasileira, mas também para a agricultura familiar, aos assentados que tenham um espaço de armazenamento com qualidade, que garanta um preço, que possam fornecer para o PAA [Programa de Aquisição de Alimento], para o Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar], com condições e possam ter uma vida digna. Então a Conab tem um papel estratégico na vida da população brasileira”, reforçou Verri.
Execução dos trabalhos – O UNOPS, escritório da ONU especializado em infraestrutura, ficará responsável pela execução do projeto. A primeira etapa, prevista para começar ainda este ano, inclui o diagnóstico sobre a atual infraestrutura dos armazéns, a elaboração e revisão dos projetos executivos e o início da licitação para contratação da empresa responsável pela obra. A expectativa é que a reforma tenha início em abril de 2026, com conclusão estimada em dois anos.
“Este projeto é fundamental para o fortalecimento da segurança alimentar no Brasil, beneficiando tanto produtores quanto consumidores. Com este tipo de parceria, nós, do UNOPS, também reforçamos o compromisso com o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, impulsionando um sistema alimentar mais eficiente, resiliente e acessível para todas as pessoas“, destacou Fernando Barbieri, representante do UNOPS no Brasil.
A perspectiva é que as obras de modernização dos equipamentos mecânicos e recuperação das estruturas civis aprimorem o nível de automação da unidade e permitam que o fluxo de entrada e saída dos produtos seja mais ainda mais ágil.
0 comentário

Trump pede que Suprema Corte dos EUA intervenha na luta contra as deportações

Petróleo cai com temores de recessão, mas registra terceiro ganho semanal

Forte terremoto em Mianmar mata dezenas de pessoas e também atinge Tailândia

Wall St recua após dados aumentarem preocupações com inflação

Presidente da CNA se reúne com diretor-geral do IICA

Participação do crédito oficial na Safra 25/26 deve cair de 30% para 20%