Tratamento industrial de sementes tem como proposta uma maior segurança para o produtor
Um levantamento da FarmTrak Soja, divulgado no último mês pela Kynetec Brasil, mostrou que sementes industrialmente tratadas foram utilizadas em 51% de toda área plantada de soja na safra 2023/24, um novo avanço em relação ao ciclo anterior, em 2023/22, quando esse número foi de 47%.
Os dados também mostram que o tratamento a nível de semente já chegou a 99% da área cultivada com soja do Brasil, após um novo avanço de 18% na última safra. Segundo Lucas Lima Alves, especialista em pesquisas da Kynetec, o uso de fungicidas, inseticidas e nematicidas no tratamento de sementes visa a garantir o potencial produtivo e a proteger a cultura de ataques iniciais de pragas e doenças.
De acordo com Érico Cardoso, líder comercial de tratamento de sementes da Corteva, cada vez mais tem diminuído o produtor que prefere fazer a dosagem do jeito dele. “A nova geração não quer gastar tempo com em atividade mecânica”, pontua. Segundo ele, com o Tratamento Industrial de Sementes (TSI), o agricultor tem preferido comprar uma semente já pronta e se especializar em outras atividades. Nesse contexto, a Corteva lança um novo produto com objetivo de abranger a prevenção a uma quantidade maior de doenças, aliado ao tratamento industrial.
Na última quinta-feira (05), o Notícias Agrícolas detalhes do estudo para lançamento do LumiTreo, um novo fungicida da Corteva. “É um produto que conta com três ativos diferentes, o que confere um amplo espectro de ação”, explica Orlando Garcia, Líder de Pesquisa e Desenvolvimento em Tratamento de Sementes da Corteva para a América Latina.
De acordo com ele, isso ajuda muito o produtor rural, porque no campo, muitas vezes, uma doença não ocorre isolada. Então, conforme ele afirma, esse espectro de ação é muito interessante para o produtor, pois dá um bom arranque inicial para a soja, o que proporciona um fechamento de rua mais rápido.
“Esse produto é específico para o tratamento industrial em função da dose muito baixa, de 25 a 35 ml por 100 kg de semente. A gente valoriza muito o tratamento industrial porque é uma forma do aplicador não estar tanto em contato, melhora em termo de plantabilidade da semente, então a gente opta por essa alternativa do tratamento industrial”, acrescenta Garcia.
Como mostraram os pesquisadores, os fungos foram armazenadas em cultivados em laboratório da Corteva situado no município de Mogi Mirin, interior de São Paulo. Quando a semente tratada foi testada com as doenças Rhizoctonia solani, Fusarium semitectum, Phytophthora sojae, Colletotrichu, trucatum e Phomopsis sojae. O diferencial apresentado é justamente a abrangência da proteção de forma diversa.
No campo, a eficácia do produto também foi apresentada. Enquanto que na receita com o novo produto a soja se mostra maior, com um melhor arranque, em uma receita com outros produtos a semente não teve o mesmo desempenho, sendo que na área sem nenhum defensivo foi possível encontrar até mesmo uma planta afetada pelo fungo.
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