Brasil terá bandeira tarifária de energia elétrica mais cara em outubro
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira que a bandeira tarifária de outubro será vermelha patamar 2, o que implica na mais alta cobrança adicional na conta de luz, em meio a uma queda no nível dos reservatórios de hidrelétricas neste período seco.
Essa bandeira tarifária representa um acréscimo de 7,877 reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O sistema de bandeiras indica aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil, que precisa ligar termelétricas mais caras quando o nível dos reservatórios cai.
"Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que foram influenciados pelas previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro", afirmou a Aneel, em nota.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estimou nesta sexta-feira que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste devem atingir 39,9% da capacidade ao final de outubro
Essa bandeira com maior custo não era acionada desde agosto de 2021, segundo a Aneel. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha patamar 1, em setembro.
Apesar do crescimento de outras fontes de energia, como a eólica e solar nos últimos anos, a fonte hidrelétrica ainda responde por mais da metade da matriz de eletricidade no país.
(Por Marta Nogueira)
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