União entre produtores, exportadores e ApexBrasil colocou o Brasil na liderança mundial de exportação de algodão

Publicado em 04/07/2024 17:29

Uma meta esperada para ser batida apenas em 2030 foi alcançada em menos da metade do tempo: o Brasil se tornou, pela primeira vez, o maior fornecedor de algodão do mundo. As exportações brasileiras, no período que vai de agosto de 2023 e julho de 2024, devem alcançar cerca de 2,70 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma), deixando em segundo lugar os Estados Unidos, que embarcaram um volume aproximado de 2,57 milhões de toneladas.

Essa notícia foi anunciada pelo Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, no âmbito do lançamento do Plano Safra 24/25 para o agro empresarial, no dia 03 de julho de 2024.

Segundo a Associação Brasileiras dos Produtores de Algodão (Abrapa), esse resultado confirma a assertividade de um trabalho que começou há 25 anos, e envolve investimentos, pesquisa, tecnologia, profissionalismo e organização do setor, aliado à uma estratégia robusta de promoção comercial, desenvolvida em parceria com a Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Catalisado pela ApexBrasil

A partir de 2020, a conquista de novos mercados e consolidação dos já existentes ganhou novo impulso, com a criação do Projeto Cotton Brazil. Este projeto é uma iniciativa da ApexBrasil em parceria com a ABRAPA, que representa os produtores, e a Anea, que representa os exportadores, e tem o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

“A parceria da ApexBrasil foi definitiva na conquista da liderança”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Segundo Shenkel, trata-se de um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. “Antes disso, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência. Com a Apex, além de recursos para avançar, ganhamos ainda mais peso em representatividade, inclusive diplomática”, argumenta Schenkel.

Para Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, “essa conquista é resultado do trabalho conjunto do setor privado e do governo. Pelo lado da Apex, aumentamos crescentemente o investimento na promoção internacional do setor desde a criação do Projeto. O setor produtivo, com os produtores e exportadores, está cada vez mais tecnológico, competitivo e sustentável, conquistando uma posição de destaque no cenário internacional. Para esse resultado, a atuação do Governo Federal, liderado pelo Ministro Fávaro, foi fundamental”.

O programa

O Cotton Brazil é o programa de desenvolvimento de mercado internacional para o algodão brasileiro e nasceu com a meta contribuir para colocar o país no topo do ranking dos maiores exportadores mundiais em 2030. Para facilitar suas ações, um escritório de representação da inciativa foi aberto em Singapura, cidade estrategicamente localizada no continente que é o destino da maior parte das exportações mundiais.

As ações do Cotton Brazil visam a intensificar a presença da fibra brasileira em 10 países prioritários: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia, Coreia do Sul e Egito. Estes países, juntos, representam 49% da população mundial e são o destino de 95% das exportações brasileiras de algodão e 90% das exportações globais da fibra. Não por acaso, estes países estão entre os que mais compraram algodão do Brasil no ano comercial em que o país alcançou o topo do ranking. Em ordem decrescente de volume por destino da pluma, na lista dos 11 maiores mercados do produto nacional, estão nove dos dez mercados-alvo do programa:  China (53%), Vietnã (14%), Bangladesh (10%), Turquia (7%), Indonésia (5%), Paquistão (5%) e Coreia do Sul (1%). O Egito, mercado aberto em 2023, depois do Cotton Brazil, já figura com 1% de participação. Os demais países do ranking são Tailândia (0,3%), e Portugal (0,4%), este último não é considerado mercado prioritário para o Cotton Brazil. A Índia não figurou na lista.

Para abrir e consolidar os mercados estratégicos, o Cotton Brazil dialoga com a indústria têxtil internacional, traders de algodão, entidades internacionais, marcas e varejistas, por meio de iniciativas de comunicação, relacionamento, inteligência de mercado e projetos especiais em países compradores.

Desde que foi criado, o Cotton Brazil já promoveu 52 eventos internacionais, que somaram mais de 500 clientes e stakeholders, dentre outras maneiras, trazendo compradores mundiais para conhecer o modelo brasileiro de produção de algodão, com a Missão Compradores, e levando os produtores nacionais para conhecer a indústria internacional e entender as suas demandas, através da Missão Vendedores.

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Fonte:
Abrapa

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