Auditores agropecuários aprovam indicativo de greve das atividades de defesa agropecuária
Em assembleia geral realizada nesta terça-feira (7), 84% dos auditores fiscais federais agropecuários aprovaram o indicativo de greve das atividades, representando uma sinalização de que a carreira poderá entrar em greve se as demandas por melhores condições de trabalho não forem atendidas pelo governo federal.
Em nova tentativa de negociação, os auditores decidiram entregar nos próximos dias uma segunda contraproposta de reestruturação ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)– a primeira foi enviada em março, sem aprovação do governo. Os profissionais também decidiram intensificar o movimento, iniciado em janeiro, a partir desta quarta-feira.
Os auditores agropecuários vão reforçar operações coordenadas pelo país com foco na vistoria de abatedouros e frigoríferos, e de madeiras utilizadas para transporte das mercadorias em portos, tanto para importação quanto para exportação, de diversas cadeias produtivas.
As ações são previstas em normas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e têm o objetivo de garantir a segurança alimentar nas indústrias e a preservação da agropecuária nacional. Vale ressaltar que os auditores têm deixado de cumprir horas extras não remuneradas, mas continuam respeitando os prazos previstos em normas vigentes para a liberação de certificados e mercadorias.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) acrescenta que a carreira dos auditores agropecuários suspendeu a mobilização no Rio Grande do Sul em razão da calamidade pública provocada pelas enchentes. No estado, os auditores têm atuado em regime de força-tarefa para garantir, principalmente, o abastecimento de alimentos na região.
Hoje, o Brasil conta com 2,3 mil auditores agropecuários para auditar e fiscalizar portos, aeroportos, zonas de fronteira, plantas de frigoríficos, agroindústrias, campos de produção, a saúde e bem estar animal, além de realizar análises fiscais em laboratórios e abrir mercados por meio das adidâncias agrícolas. Cerca de 20% deste total está apto a se aposentar e a reposição de pessoal por meio de concursos públicos não tem caminhado para atender o volume do agronegócio brasileiro.
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