Cacau cai em Londres após atingir máxima histórica

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau negociados na bolsa ICE, em Londres, caíram nesta terça-feira após atingirem recordes históricos, enquanto investidores continuam preocupados com a escassez do produto.

O açúcar bruto se recuperou da mínima de cinco semanas registrada na segunda-feira.

CACAU

* O contrato maio do cacau em Londres caiu 1,4%, para 5.482 libras por tonelada métrica, depois de ter atingido um recorde de 5.620 por tonelada.

* A fabricante de chocolates Lindt & Spruengli divulgou um lucro maior em 2023 e disse que terá que aumentar ainda mais os preços em 2024 e 2025. A empresa acrescentou que está tentando ser menos dependente do cacau da África Ocidental.

* Espera-se que o mercado de cacau registre um quarto déficit de oferta na próxima temporada devido a quedas de produção na África Ocidental.

* O processamento de cacau da Costa do Marfim caiu 3,6% em relação ao ano anterior em janeiro, informou a associação de exportadores GEPEX. O país da África Ocidental é o maior produtor de cacau do mundo.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto subiu 1,2%, para 20,87 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido seu valor mais baixo desde o final de janeiro, na segunda-feira, a 20,55 centavos.

* A produção de açúcar na principal região produtora do Brasil deve cair 4,4%, para 40,8 milhões de toneladas métricas na temporada 2024/25, disse a BP Bunge Bioenergia em uma conferência sobre açúcar em Dubai.

* O açúcar branco de maio teve pouca alteração, fechando a 594,30 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O café arábica caiu 1,8%, para 1,8335 dólar por libra-peso, depois de atingir uma máxima de duas semanas de 1,8960 dólar na segunda-feira.

* A ICE disse que 10.000 sacas foram aprovadas na classificação na terça-feira para entrar nos estoques certificados de arábica, enquanto 9.770 sacas foram reprovadas na classificação. Os estoques subiram para 381.107 sacas e há quase 170.000 sacas pendentes de classificação.

* O café robusta caiu 0,4%, para 3.180 dólares por tonelada, depois de ter atingido seu valor mais alto desde o final de janeiro na segunda-feira, a 3.238 dólares.

(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)