CNA participa da cúpula global sobre pequenas culturas na Espanha
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa, de 5 a 9 de fevereiro, da IV Cúpula Global sobre Uso de Pequenas Culturas, em Madri, na Espanha. O evento internacional reúne produtores, reguladores, pesquisadores e profissionais de proteção de cultivares da cadeia produtiva.
A assessora técnica das Comissões de Fruticultura e de Hortaliças e Flores da CNA, Letícia Fonseca, participará das discussões em torno do tema. Ela irá compartilhar sobre a atuação da Confederação na defesa dos interesses dos produtores rurais das cadeias produtivas das pequenas culturas, também conhecidas como Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI) ou Minor Crops.
As pequenas culturas são aquelas para as quais há número reduzido, ou sequer nenhum defensivo registrado. Segundo Letícia, a menor escala de produção leva a um menor potencial de retorno, e assim, menor aporte de pesquisa ou solicitação de registro por parte das indústrias.
“Nosso objetivo ao participar deste palco de discussões é apresentar os trabalhos desenvolvidos pela CNA no Brasil e como funciona a atuação conjunta entre setor produtivo, industrias, e órgãos de governo. Também vamos falar sobre os desafios na interação entre industrias e setor produtivo e a necessidade de regulamentação da nova legislação de defensivos, atrelada à atualização da INC 01/2014, e construção de procedimentos de recomendação oficial”, explica Letícia.
De acordo com Letícia, o grande problema vivenciado pelo setor é o leque reduzido, ou inexistente de defensivos registrados para essas culturas. “A ausência de produtos registrados traz uma insegurança produtiva a campo, o produtor não tem recomendação de qual produto utilizar, qual produto será eficiente no controle de alguma doença e seguro para ele, os demais trabalhadores e meio ambiente”, afirma a assessora técnica.
Ela explica que, dado ao cenário atual, é importante a participação ativa de produtores e de instituições de pesquisa no debate internacional sobre o assunto. “Vamos ver o que está se passando no restante do mundo. O Brasil possui regulamentos específicos para o tema”, destaca.
Para Letícia, o grande desafio é que mesmo com os avanços dos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido em relação a ampliação de registros, como instrumento de segurança do produto e segurança na oferta de alimento à população. “É necessário maior celeridade e priorização da regularização e priorização do registro de defensivos para algumas pragas e doenças, que são de grande impacto para nossa produção”, diz.
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