Para o Brasil, capacidade adaptativa a diferentes contextos climáticos é o que vai garantir a segurança alimentar e hídrica no mundo
O Brasil se manteve no centro das discussões promovidas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28). A delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou de debates sobre o futuro da água e dos alimentos no mundo. As agendas abordaram amplamente os sistemas agroalimentares e hídricos, com participação de ministros de Estado, governo dos Emirados Árabes Unidos, além de líderes de instituições multilaterais, como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Banco Mundial.
Na ocasião, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, foi convidada a fazer as considerações finais sobre os temas tratados, tendo em vista que o Brasil será anfitrião da COP 30, que ocorrerá em Belém (PA), em 2025. O planejamento hídrico, em síntese, abrange a recuperação e a conversão de água doce, infraestruturas para a resiliência urbana da água e a governança e gestão integradas de sistemas alimentares residuais.
Segundo a representante brasileira, falar de alimentação é falar de cultura e segurança, uma vez que os sistemas alimentares são diversos no mundo inteiro. “A comida é parte essencial da nossa vida e reflete a história e a tradição de nossa família e sociedade”, disse Renata. E contextualizou: “os sistemas agrícolas e pecuários precisam aumentar sua capacidade adaptativa para garantir a segurança alimentar em diferentes cenários climáticos. É fundamental desenvolver estratégias para novas culturas e adotar tecnologias que promovam a saúde do solo, o armazenamento de água e a irrigação sustentável”.
Na análise do Brasil, é essencial conhecer o contexto heterogêneo das realidades de cada continente e país, para aumentar as possíveis abordagens e práticas sustentáveis, respeitando as circunstâncias e capacidades locais. Por este motivo, o país lançou, durante a COP 28, a Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas para o Setor Agropecuário Brasileiro. Além disso, integrantes da delegação destacaram a necessidade do multilateralismo e da cooperação internacional para mitigação das desigualdades. O Mapa lançou, ainda, a publicação “Água na Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas da Agricultura Brasileira”.
Os eventos tiveram como objetivo ampliar a atenção para a forte relevância dos sistemas de alimentos e de água para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além das metas do Acordo de Paris. Os participantes destacaram os investimentos em inovação, a agricultura regenerativa e os caminhos de transformação apoiados por financiamentos e preparação de projetos como pontos de atenção.
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