Projeto que trata da tributação de investimentos em offshores avança no Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE) aprovou, nesta quarta-feira (22), o projeto de lei 4173/2023, que trata da tributação dos investimentos offshore (fora do país) e dos fundos exclusivos. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados no último mês e contou com a articulação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para que as condições ligadas aos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAgro) não fossem afetadas.
A proposta manteve que os FIAgros e os FIIs tenham pelo menos 100 cotistas. Ao invés da proposta original, que propunha 500 cotistas. Ficou previsto, também, o prazo de 6 meses para que os fundos possam se adequar à nova regra; além da inserção da limitação de 30% à participação de pessoas ligadas (parentes até o 2º grau) nas cotas e rendimentos do fundo.
O deputado Arnaldo Jardim (CD-SP), autor da proposta que criou os FIAgros, comenta a aprovação do projeto. “O dispositivo que implicava sobre os FIAgros foi mantido, de acordo com aquilo que foi estabelecido durante a tramitação na Câmara dos Deputados. Assim, preservamos a vitalidade dos FIAgros e seu impacto extremamente positivo na ampliação da oferta de crédito para a Agricultura.”
Jardim enfatizou ainda que o projeto contou com emendas propostas pela bancada, incorporadas na Câmara e agora reafirmadas no Senado, permitindo que suas cotas sejam dadas como garantia, o que permitirá, ainda mais, seu fortalecimento.
O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE) destacou que o projeto proporciona segurança jurídica ao estabelecer diretrizes para tributação de aplicações em fundos de investimentos no país e da renda auferida por pessoas físicas residentes no país em aplicações financeiras, entidades controladas e trusts no exterior.
O parlamentar disse ainda que uma das inovações da proposta é a transparência na estrutura de offshore para fins de apuração do imposto de renda. “Isso significa que a pessoa física que possui investimentos por meio dessa estrutura no exterior pode escolher declarar seus ativos e rendimentos como pessoa física, de modo que estaria sujeita a tributação apenas quando auferisse os ganhos de suas aplicações, sem abrir mão dos benefícios societários e sucessórios da offshore.”
No texto, a proposta traz ainda as regras para a regulamentação dos trusts, instrumentos utilizados em planejamento patrimonial e sucessório no exterior, ainda não regulamentados pela legislação nacional. A proposta segue agora para análise no Plenário do Senado Federal.
0 comentário
CNA destaca papel do produtor rural no futuro da agricultura durante o ConBAP 2024
Dólar dispara com notícia de isenção de IR e atinge maior valor da história, aos R$5,9141
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Produtores rurais ganham direito à isenção de IPI na compra de veículos
Líder mundial no uso de defensivos biológicos, Brasil precisa aprovar projeto de bioinsumos