Cuidados e uso eficiente da fertirrigação para aumento de rentabilidade na lavoura

Publicado em 02/09/2022 10:00
Em palestra, coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café apresentou conselhos e exemplos práticos para o uso correto da irrigação combinada com fertilizantes

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A Yara realizou na quinta-feira (01) um seminário sobre fertirrigação, com palestras de especialistas no assunto, que explicaram a forma correta de ser fazer a irrigação combinada com fertilizantes, para obter melhor rentabilidade da produção na lavoura. 

A fertirrigação, segundo Paulo Yvan Almeida, gerente sênior de portfólio e fertirrigação da Yara Brasil, “é um método que possibilita aumentar a produtividade das lavouras com a aplicação de uma quantidade menor de insumos, o que impacta positivamente na rentabilidade também. A prática também é sustentável, pois otimiza a performance dos recursos e reduz a emissão de Gases de Efeito Estufa”. 

Entre os palestrantes, esteve André Fernandes, coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café, que trouxe alguns conselhos e exemplos práticos para o uso correto da fertirrigação. 

Curva de irrigação do solo

O primeiro detalhe para qual o produtor precisa se atentar, antes de começar a usar a irrigação com fertilizantes, é a curva do solo. A água com a presença dos nutrientes para a planta precisa alcançar um nível mais baixo, onde está a raiz. Contudo, essa água não pode chegar a lugares onde a raiz não alcança. Por esse motivo, é indispensável que a curva de retenção seja feita antes de se instalar o sistema de irrigação. 


Equilíbrio da aplicação 

Outro fator destacado pelo especialista da Embrapa foi o equilíbrio da aplicação. Em primeiro lugar, leva um tempo para a água percorrer o sistema entre as primeiras plantas, mais próximas da bomba, até as mais distantes. Assim, o produtor precisa pensar no equilíbrio da fertirrigação, com a mesma dosagem em toda a lavoura. 

Além disso, um erro que pode acontecer e traz grandes prejuízos é o entupimento do sistema de irrigação. Fernandes recomendou a instalação de um filtro de areia, para que os canos não apresentem problemas. É necessário que o produtor esteja sempre atento e verifique seu sistema, para não ter prejuízos com a perda de produtos. 


Diferentes difusões no solo 

Dependendo do tipo de fertilizante, ocorre uma difusão diferente no solo. Alguns fertilizantes têm uma absorção maior com a fertirrigação, e outros uma menor absorção. Esse aprofundamento também muda dependendo da umidade. Com solos úmidos, a infiltração é maior. Por isso, o produtor precisa saber a caixa de água que possui no seu solo, com análises diárias. O adubo é totalmente jogado fora se o solo estiver muito saturado, com explicou Fernandes. 

 

Economia para aumento de rentabilidade

Fernandes usou como exemplo prática durante a palestra uma lavoura de melão, onde há cinco anos tem feito um trabalho de consultoria. A maior economia tem acontecido no uso de eletricidade. Para irrigar a lavoura, o produtor usava uma quantidade muito alta de energia elétrica para o bombeamento. A solução foi no uso do gotejamento contínuo, na quantidade ideal de água que o solo precisa. Em cinco anos de trabalho, já está sendo possível utilizar 35% menos água, sem perder a produtividade. 

Além disso, com a fertirrigação, o produtor também consegue economizar ao não utilizar um trator para fazer a aplicação dos fertilizantes. Mas, como explicou o pesquisador, a economia somente acontece de forma realmente considerável quando é feita a aplicação dos defensivos também pelo sistema de irrigação. Com essa combinação, é possível obter uma economia considerável no manejo da lavoura. 

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Por:
Igor Batista

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