Biênio 2022/2023 deve ter safra recorde de 308 milhões de toneladas
A perspectiva para a Agropecuária na próxima safra de grãos foi apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira (24). Foi mostrado um panorama de área, produção, produtividade, exportações, importações, consumo e estoques de grãos esperados para a safra 2022/2023, além dos aspectos macroeconômicos e geopolíticos, custos de produção e diversos outros fatores que poderão influenciar na produção agropecuária do país. A Companhia espera safra recorde de 308 milhões de toneladas de grãos.
O resultado é impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos mercados de milho, soja, arroz, feijão e algodão. Baseado nos números, que apresentam as principais variáveis de mercado e as tendências para as culturas, a produção total destes cinco principais produtos cultivados no país, e que correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos, está estimada em 294,3 milhões de toneladas.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), o Brasil consegue reduzir custos de produção e alimentar o povo brasileiro com um setor forte e pujante. "Esse é o DNA do agro brasileiro. Os dados mostrados vêm corroborar com o que nosso produtor entrega. Dedicação diária para fazer do Brasil uma potência mundial na produção de alimentos", afirmou.
O senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da FPA no Senado, pontuou que os números apresentados mostram que o Brasil está no caminho certo. "Resistimos à pandemia, à guerra, aumentamos o PIB e reduzimos o desemprego. É o setor agropecuário brasileiro exercendo aquilo que se espera dele: protagonismo econômico e social", disse o senador Zequinha Marinho (PL-PA).
O ministro da Agricultura e ex-presidente da FPA, Marcos Montes, fez um breve discurso e exaltou o Brasil como o maior protagonista na produção de alimentos mundial. Para ele, é fundamental unir a efetividade na produção de alimentos com a sustentabilidade, com o intuito de fazer avançar, ainda mais, o agro brasileiro e, consequentemente, reduzir a insegurança alimentar no mundo.
“Andei por diversos países nesse período que estou ministro e pude presenciar, com tristeza, a situação caótica que algumas nações vivem na questão alimentar. Nosso setor é referência para o resto do mundo, por isso, devemos focar em números ainda melhores para continuar abastecendo o Brasil e as outras nações”, frisou.
Marcos Montes fez referência, ainda, à qualidade e profissionalismo dos produtores rurais. Segundo ele, os números mostram a capacidade que o Brasil possui para seguir como potência agropecuária. “Nosso produtor rural se dedica dia após dia, e como consequência, garantimos produções recordes, geração de emprego e renda”, destacou.
A safra de 308 milhões de toneladas de grãos foi ressaltada, também, pelo presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. Ele afirmou que apesar dos cenários promissores que se apresentam, os desafios se tornarão ainda maiores para o setor, já que, diante da magnitude econômica e social do agro, a responsabilidade aumenta.
“Está em curso uma revolução tecnológica que faz crescer a responsabilidade de todos nós na elaboração e divulgação das informações. Temos que prover inteligência diariamente para dar suporte ao setor que se firmou como o grande pilar da economia brasileira nas últimas décadas”, disse Guilherme.
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