Entidades do agro do Paraná pedem ações ao Mapa para minimizar perdas pela seca
A seca que está castigando as lavouras na safra 2021/22 no Paraná exige medidas para minimizar as perdas dos produtores rurais. Diante deste cenário, o governo do Estado, por meio do vice-governador Darci Piana, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) elaboraram e encaminharam, no dia 20, à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, um documento com uma série de sugestões de medidas para minimizar os estragos.
“Nossos técnicos e das demais entidades identificaram que a situação no campo, em boas parte do Estado, está bastante complicada, com perdas de até 70%. Essas medidas solicitadas junto ao Ministério da Agricultura vão trazer um alento aos nossos produtores e, mais que isso, permitir que eles se planejem para a safra de inverno com um pouco de tranquilidade”, afirma Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.
As medidas envolvendo crédito rural, seguro rural e Proagro (confira a lista abaixo) foram elaboradas a partir do roteiro percorrido pelas entidades, entre os dias 10 e 14 de janeiro, por diversas regiões do estado. A rodada permitiu um levantamento estadual das perdas causadas pela estiagem. Segundo estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, a safra de soja (principal fonte de renda da agricultura na primeira safra) reduziu de 21 milhões de toneladas para 13 milhões de toneladas, uma perda financeira superior a R$ 30 bilhões.
Na área de crédito rural, as entidades pedem ao Ministério da Agricultura, por exemplo, a criação de uma linha emergencial de crédito para produtores que acionaram seguro rural e Proagro e também uma para agricultores que utilizaram recursos próprios. Outra solicitação é linhas de crédito para cana de açúcar e retenção de matrizes nas pecuárias animais.
Confira as medidas
- Cumprimento do Manual de Crédito Rural para postergação tanto dos financiamentos de custeio como de investimentos, excluindo qualquer impacto nos limites de crédito;
- Rapidez nas análises dos pedidos de seguro rural e de Proagro, com a indicação de mais peritos que possam agilizar as indenizações e permitir que os produtores possam utilizar suas áreas para o plantio da segunda safra de milho – para atender aos milhares de produtores de aves, suínos, peixe e leite- e das culturas de inverno;
- Ajuste no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor) para permitir alteração da data definida para colheita de safras financiadas possibilitando a contratação de custeio para safra seguinte;
- Criação de linha de crédito emergencial para financiar produtores que acionaram o seguro agrícola e Proagro para que possam se sustentar até o momento da indenização;
- Criação de linha de crédito emergencial para financiar o plantio de cana de açúcar;
- Criação de linha de crédito emergencial para produtores que utilizaram recursos próprios para custeio a fim de que possam liquidar dívidas junto ao mercado fornecedor de insumos;
- Criação de linha de crédito para alongamento das dívidas de produtores junto às cooperativas;
- Criação de linha de crédito para retenção de matrizes na pecuária de corte e de leite e na suinocultura.
0 comentário
Ministro Fávaro reforça o comprometimento dos produtores brasileiros com sustentabilidade e boas práticas
Mensurar pegada de carbono é primeiro passo para descarbonizar a agricultura
Após queda nas exportações de carne de frango por embargos, RS deve ver estabilização em 2025, diz liderança
Ministério da Agricultura publica ato normativo que garante isonomia regulatória em processo de reavaliação de defensivos agrícolas
Caso Carrefour: para Ricardo Santin, falas problemáticas estão no contexto da possibilidade de acordo entre União Europeia e Mercosul
Uso do DDG na avicultura de corte é vantajoso, segundo especialista, mas ainda incipiente