RS: Segue colheita do Girassol que atinge 75% da área cultivada
Com 100% do girassol plantado no Rio Grande do Sul, 75% da área semeada em agosto na região de Santa Rosa está colhido. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (18/02), pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, as poucas lavouras semeadas após as chuvas do final de novembro, correspondente a 25% do total da área cultivada, estão em fase de enchimento de grãos.
A expectativa inicial de produtividade do girassol era de 1,6 ton/ha, mas a média atual apresenta redução de aproximadamente 22,5% devido ao clima desfavorável nas lavouras semeadas em agosto, ficando a produtividade na média de 1,2 ton/ha. A área implantada nessa safra também está inferior ao ano anterior. O preço da saca de 60kg é de R$ 154,50.
As chuvas mais constantes favoreceram o desenvolvimento da soja, no entanto, atrapalham a atividade de aplicação de fungicidas, principalmente em áreas mais suscetíveis ou com presença de ferrugem. A cultura já entrou em maturação (3%), 50% está em enchimento de grãos, 36% em floração e 11% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.
As chuvas seguem beneficiando também o milho no Estado, que já está com 42% da área total cultiva colhido; 16% está em maturação, 20% em enchimento de grãos, 11% em floração e outros 11% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
A colheita do arroz avançou no RS atingindo 3% da área total cultivada. A cultura segue com bom desenvolvimento, estando 18% em maturação, 40% em enchimento de grãos, 35% em floração e 4% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.
FRUTÍCOLAS
Na região de Porto Alegre, a colheita do abacaxi será estendida nesta safra. Os frutos estão saborosos, porém o percentual de tamanho pequeno é maior, reduzindo a produtividade devido ao peso menor. As lavouras com induções de frutificação do cedo foram prejudicadas pelas geadas em julho e temperaturas baixas da primavera, retardando o desenvolvimento das plantas. O estande dos bananais está recuperado no Litoral Norte gaúcho. A oferta de banana Prata ainda não está plenamente restabelecida devido à destruição de pomares pelos ciclones e pelas temperaturas amenas na primavera.
OLERÍCOLAS
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as olerícolas estão com desenvolvimento mais lento devido ao longo período com baixa insolação. A cultura da alface apresenta folhas mais compridas e de coloração mais clara, com menor número de folhas por plantas e plantas menores, mas ainda apresenta boa aceitação no mercado. Altas temperaturas das semanas anteriores, aliado ao longo período com baixa insolação, provocou abortamento de flores da cultura do tomate, diminuindo o potencial produtivo da cultura. A alta umidade também favoreceu o aumento de incidência de doenças foliares na cultura, necessitando maior controle. Aumento na incidência de mosca branca nos cultivos protegidos.
BOVINOCULTURA DE CORTE
O bom desenvolvimento dos campos tem refletido nas boas taxas de ganho de peso dos animais, assim como permite a manutenção de alta locação nas áreas de pastejo. As chuvas também garantem a oferta de água em quantidade e com boa qualidade aos animais. Os produtores seguem realizando o manejo para controle de ectoparasitos, principalmente carrapatos e moscas. A temporada reprodutiva se aproxima do final, mas ainda ocorre o entoure de matrizes que apresentaram retorno de cio.
APICULTURA
As chuvas ocorridas favoreceram a floração do campo nativo e das matas de galeria, propiciando ótimas condições de forrageamento para os enxames. Os produtores também retomaram a colheita do mel na maior parte das regiões.
PESCA ARTESANAL
Na região de Santa Rosa, com o término do período da piracema no Rio Uruguai, a movimentação dos pescadores segue intensa, porém a turbidez da água tem dificultado as capturas. Os pescadores relatam a grande presença de grumatãs, que não tem valor agregado alto na comercialização.
Na região de Porto Alegre, a pesca artesanal continua não ocorrendo na orla marítima em função do período de veraneio. Segue a captura do camarão na Lagoa do Peixe. Na de Pelotas, na Lagoa Mirim, o excesso de chuvas reduziu a captura do camarão em alguns locais, o que deverá influenciar o preço pago aos pescadores, com tendência de alta. Em São Lourenço do Sul, os pescadores estão satisfeitos com a safra de camarão, havendo relatos de boas quantidades e qualidade.
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