Embrapa fortalece participação em Câmaras Setoriais e amplia diálogos com o setor produtivo
A participação da Embrapa em 34 câmaras setoriais e temáticas (CSTs) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Alimentação (Mapa), em 2019, contribuiu para ampliar os diálogos com o setor produtivo. Ao longo do ano, gestores e pesquisadores das Unidades Descentralizadas apresentaram sua programação de pesquisa ao setor produtivo, com foco nas principais entregas para a sociedade.
A Gerência de Relações Institucionais e Governamentais (GRIG/SIRE) organizou um balanço das atividades já realizadas e está dialogando com o Mapa para estabelecer uma nova dinâmica de participação da Embrapa nas Câmaras Setoriais para 2020.
Com relação ao balanço, em 2019, por exemplo, na Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, destacou as principais linhas de pesquisa da Unidade destinadas ao setor Sucroalcooleiro. Com o mesmo objetivo, o gestor da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bonfim, falou sobre a programação da Unidade para o setor da ovinocaprinocultura. Na mesma direção, destacam-se as participações do chefe da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento, na apresentação das linhas de pesquisa para a horticultura e do chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, na apresentação das ações da Unidade na Câmara Setorial de Leite e Derivados.
Na Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel, a Embrapa coordenou Grupo de Trabalho (GT) para elaborar uma agenda de inovação para o biodiesel. O trabalho resultou em um documento onde se destacam a construção de metas de impactos baseadas na visão do setor produtivo.
A Embrapa também coordenou o GT sobre a classificação da erva-mate junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram definidos critérios para a distinção entre as origens da cultura: Produção de Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) e Produção Agrícola Municipal (PAM). Também se encontra em discussão na Câmara Setorial da Erva-Mate a criação de um programa para financiamento de pesquisas com a cultura.
Com essa mesma perspectiva, o Mapa demandou à Embrapa, por meio de sua atuação na Câmara Setorial de Equideocultura, contribuições para a formulação de políticas públicas para a erradicação da doença do mormo no Brasil, com a participação de pesquisadores da Embrapa Gado de Corte e Embrapa Pecuária Sul.
Outro trabalho em andamento, fruto da atuação da Embrapa nas Câmaras Setoriais, é a parceria com o Mapa e a Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores da Borracha Natural (Abrabor), para a elaboração do desenho do Programa de Produção Integrada (PI) da Borracha, bem como um aplicativo (caderneta de campo) para apoiar o programa.
“São agendas que dialogam diretamente com as prioridades das Câmaras negociadas com a ministra Tereza Cristina”, explica o pesquisador Jefferson Costa, coordenador da atuação da Embrapa junto às câmaras setoriais do Mapa. Costa integra a equipe da Gerência de Relações Institucionais e Governamentais da Embrapa (GRIG/SIRE).
Neste balanço também se destacam os estudos realizados pela Embrapa para apoiar a determinação dos Limites Máximos Tolerados (LMT) em micotoxinas na cultura do trigo, a contribuição e o apoio técnico ao GT liderado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para tratar da alta mortalidade das abelhas no Brasil, entre outros.
Embrapa, por intermédio de seus representantes institucionais, será convidada permanente nas Câmaras Setoriais
Em função do decreto 9759 de abril de 2019, os ministérios e os órgãos federais realizaram ajustes em suas estruturas organizacionais com relação às câmaras, comitês, conselhos e grupos de trabalho. Nessa análise, o setor jurídico do Mapa entendeu que as câmaras setoriais deverão estar vinculadas ao Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA). No entanto, ao se vincular ao CNPA, só poderão integrar oficialmente às Câmaras as entidades do setor privado, conforme portaria nº 13 de janeiro de 2020.
“Os representantes dos demais órgãos do governo federal como a Embrapa continuam participando efetivamente das Câmaras na condição de convidados permanentes, o que dará, inclusive, possibilidades de maiores contribuições”, afirma Cynthia Cury, gerente da GRIG/SIRE.
Nesta semana, Cynthia Cury e Jefferson Costa, articulador da Embrapa junto às CSs, participaram de reunião com o Coordenador Geral de Apoio às Câmaras Setoriais e Temáticas do Mapa, Helinton José Rocha, ocasião na qual foram informados que a ministra Tereza Cristina dará as orientações sobre essa nova dinâmica de participação da Embrapa como convidada permanente, reforçando, ao mesmo tempo, o importante papel desempenhado pelos representantes nomeados pela Embrapa ao longo dos últimos anos, bem como as expectativas futuras de contribuição.
Novos agrupamentos
Com o intuito de fortalecer o diálogo das câmaras setoriais com a ministra e priorizar, na agenda do Mapa, o atendimento das principais demandas do setor produtivo, as Câmaras foram reorganizadas em agrupamentos (chamados clusters pelo Mapa).
Ao todo são seis clusters: Agenda Animal, Agenda Vegetal, Agenda da Fruticultura, Legumes, Verduras e Flores (FLVLF), Bebidas, Florestas e Agendas Temáticas. Nesse sentido, as contribuições da Embrapa passarão a ser organizadas com foco em cada cluster.
Para este ano, a expectativa é que a Embrapa forneça subsídios técnicos, como estudos e mapeamento de oportunidades para todos os “clusters”.
“Essa será a nossa agenda futura, responder a essas demandas apresentadas pelo setor produtivo, que são consideradas prioritárias para o Mapa”, explica Costa. “Entre os subsídios técnicos, como exemplo, salientamos os estudos relacionados à cadeia produtiva do mel e também estudos sobre a situação do alho brasileiro frente ás importações, que foram elaborados recentemente por técnicos da área de Inteligência da SIRE. Esses estudos deverão ser apresentados em reuniões plenárias da CS Mel e Produtos Apícolas e da CS-Hortaliças, respectivamente”, complementa.
Outro foco da participação da Embrapa nas Câmaras Setoriais é a continuidade das apresentações da programação de pesquisa da Empresa, bem como a contribuição técnica da Empresa no processo de construção de um modelo de fundo privado de apoio às cadeias produtivas.
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