Produtividade baiana chama atenção de delegações estrangeiras
A comitiva do AgroBrazil visitou na terça (6) empresas de confinamento de animais e processamento de algodão em Luís Eduardo Magalhães, conhecida como a mais nova fronteira agrícola do País. A produtividade da região chamou atenção das delegações estrangeiras.
O programa é promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e está na sexta edição.
“É muito bom conhecer o processo produtivo da pecuária de corte e se o projeto se desenvolver, vai trazer melhoria de renda para a população local e também para a economia do estado da Bahia”, afirmou Do Ba Khoa, embaixador do Vietnã, se referindo a Captar, Projeto de Integração da Cadeia Produtiva da Bovinocultura que pretende unir a produção do Semiárido e do Matopiba.
A Captar atua desde 2010 no confinamento de animais e na fabricação de ração e adubo orgânico com foco na produção sustentável de carne bovina.
“A região tem grande potencial para matriz produtiva. A tecnologia é uma das bases da Captar e temos como objetivo de interromper o ciclo de pobreza local”, afirmou Almir Moraes, proprietário da empresa.
Eles trabalham com confinamento para terminação e engorda das raças Nelore e Angus e a parte da cria e recria é feita por terceiros. A intenção da empresa ao integrar a produção do Semiárido com o Matopiba é incluir os pequenos e médios produtores fazendo compartilhamento de tecnologias e otimizando a cadeia produtiva para que todos os produtores tenham melhores ganhos.
Guilherme Moura, vice-presidente Administrativo Financeiro da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), falou sobre o potencial produtivo do estado e destacou o acesso do produtor à assistência técnica para o desenvolvimento da produção.
“A assistência técnica leva acesso à tecnologia ao pequeno e médio produtor. Reduz as diferenças regionais na produção agropecuária. O produtor consegue ser mais profissional e competitivo transformando sua propriedade em um negócio.”
Algodão
Outro destino do grupo foi a Algodoeira UBahia, cooperativa criada por dois argentinos que faz o processamento do algodão para exportação.
“A qualidade do algodão brasileiro é uma das melhores do mundo e hoje tive a oportunidade de conhecer o processo produtivo das empresas locais e entender como a qualidade do produto é assegurada”, destacou Phitchanan Panadamrong, primeira Secretária na Embaixada da Tailândia.
O país asiático está entre os 10 principais importadores de algodão do Brasil e importou no ano passado 10 milhões de dólares apenas da Bahia.
A cooperativa existe há três anos e é composta por grupos de produtores entre proprietários da empresa e outros que são apenas cooperados. Eles fazem o descaroçamento, prensa e empacotamento do algodão em fardos.
“Exportamos em torno de 80% do algodão, poderíamos exportar 100% porque a qualidade do algodão da Bahia é a melhor do Brasil”, afirmou Ricardo Moro Weber, um dos proprietários da Algodoeira.
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