Agricultura eleva a demanda de sementes puras de forrageiras
Buscando garantir safras melhores, o produtor precisa cada vez mais ser eficiente em seus processos de produção. Planejamento, dedicação e tecnologia são itens importantes na busca por melhores resultados.
No manejo do solo, a formação de adubação verde promove uma série de benefícios. Neste meio, algo que tem feito a diferença, são as sementes puras de forrageiras, que além de estarem presentes na formação de pastagens, estão também nas lavouras, melhorando a eficiência do processo.
De acordo com o diretor comercial da Sementes Paso Ita, Tafarel Teixeira, há alguns anos a maior parte das sementes para pastagens e forrageiras de cobertura de solos, tinham um percentual de pureza mais baixo, de 40% a 60%, porque o comércio destas espécies trabalhava nesse sentido. Com o passar do tempo e a tecnologia que chegou ao campo, tanto as empresas quanto os agricultores começaram a exigir muito por melhorar sua qualidade, iniciando assim um trabalho voltado para sementes puras.
“O agricultor está acostumado a trabalhar com o nível alto de qualidade de sementes puras de soja, milho, algodão e sorgo, e apenas as de forrageiras ficavam atrás. Então a demanda por qualidade foi crescendo e a indústria se adaptou, preparando e desenvolvendo tecnologias para atender esse mercado. Hoje trabalhamos com 98% de pureza, que garante um diferencial de melhor custo benefício, um grau de qualidade superior ao padrão das outras culturas, possibilitando ao produtor trabalhar com níveis de 3 a 4 kg por hectare, melhorando o rendimento na semeadura, seja para lavouras ou pastagens”, ressalta Tafarel.
De acordo com o diretor executivo da Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba (Aprosem), Ivanir Maia, pela legislação vigente, por exemplo nas espécies de brachiarias, a pureza mínima exigida é de 60%. Por outro lado, o mercado está se posicionando para trabalhar com níveis que se aproximam dos 100%.
Com novas tecnologias empregadas na produção de sementes de forrageiras, aconteceram mudanças que ocasionaram melhorias da qualidade do produto comercializado. Como exemplo está o incrustamento, que garante alta pureza, vigor e capacidade de originar plantas de alta produtividade, refletindo diretamente na uniformidade da população de plantas, ausência de pragas e doenças transmissíveis, com maior rentabilidade.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado da Bahia (Aprosoja Bahia), Alan Juliani, as sementes puras são mais utilizadas na agricultura, essencialmente no sistema de integração, lavoura-pecuária. De acordo com Juliani, as forrageiras estão com o mesmo potencial de germinação e vigor que as de soja, algodão e milho. “Em todo o setor de sementes, temos buscado as melhores, e com as de forrageiras observamos o mesmo potencial de germinação e vigor. Na nossa agricultura de alta tecnologia, quanto mais pura for, menor a quantidade utilizada por hectare e assim maiores são as vantagens para o produtor”.
“Atualmente as sementes protegidas chegam a uma pureza média de 98%, resultando em crescimento do mercado por parte da agricultura, muito mais que na pecuária. Portanto, a quantidade que se utilizava anteriormente não é mais necessária, ou seja, quanto maior a qualidade, menor a quantidade necessária para garantir maior precisão e melhores resultados”, disse Maia.
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