Ministra Tereza Cristina esclarece devolução de contêineres de frango feita pelo Reino Unido
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que setores como os de leite e vinho precisarão se modernizar com a assinatura do tratado comercial entre o Mercosul e a União Europeia. A declaração foi feita nesta quarta-feira (3) durante coletiva para a imprensa, junto com o secretário internacional do MAPA, Olando Ribeiro.
De acordo com a ministra, o setor do leite é um dos que preocupa o governo, e que o poder público deve se mobilizar para auxiliar os produtores da área. Entre as medidas que podem ser adotadas, segundo Tereza Cristina, está a de isentar 35% nas importações de máquinas.
O novo cenário, de acordo com a ministra, traz preocupações para os produtores, mas que com as devidas adaptações, será resolvida a questão.
“Quem está preocupado é o produtor rural, este nós temos que fazer uma arrumação interna, aqui dentro. E achar políticas públicas para que eles fiquem competitivos e que a indústria possa processar e agregar valor ao leite para exportar o leite e pagar melhor o produtor rural.”
Para os produtores de vinho, um fundo específico, feito através do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do imposto sobre a produção local. O montante arrecadado neste fundo teria como destino investimentos na produção e modernização da área.
A ministra ainda esclareceu a devolução de contêineres de frango feito pelo Reino Unido. Foram 17 unidades com frangos do Brasil devolvidas. Tereza esclareceu que 16 deles continham uma salmonela não autorizada pelo país, e o outro não estava na temperatura adequada para a refrigeração.
Outro assunto altamente abordado pela ministra foi com relação ao meio ambiente. Ela comentou as precauções que o país deve tomar para não ser prejudicada nas negociações.
“Nós colocamos várias garantias para que isso não fosse usado politicamente, mas é claro que pode impactar sim. Só que o Brasil tem leis, tem código florestal e nós temos que exigir o cumprimento dentro da lei. Então eu acho que não muda nada para nós porque onde a produção está ela tem que estar legalizada, em propriedades que estejam dentro do nosso código florestal.”
A estimativa da ministra é de que em dois anos o acordo seja aprovado por todas as partes envolvidas.
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