PIB do agronegócio mineiro cresce 3,55% em 2018
Enquanto a economia do país cresceu 1,1% e a do estado, 1,2%, em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Mineiro registrou alta de 3,55%, de acordo com cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O valor movimentado por toda a cadeia da agropecuária no estado chegou a R$ 199,22 bilhões. “Mais uma vez, o agronegócio mostra sua força, crescendo mesmo em uma época de muitas dificuldades”, disse o presidente do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Roberto Simões.
Ele destaca que, com o resultado, o setor passou a ser responsável por 33,29% do PIB de Minas Gerais, segundo cálculos do Sistema FAEMG considerando levantamento da Fundação João Pinheiro. “É uma contribuição extremamente significativa, mostra o quanto o agronegócio é importante para a nossa economia.”
Segundo Roberto Simões, os bons resultados fizeram com que o agronegócio mineiro aumentasse sua participação nacional. “Passamos a representar cerca de 14% do PIB do agro no país, o que é expressivo porque, tradicionalmente, a fatia de Minas na economia nacional gira em torno de 10%.”
DETALHAMENTO
De acordo com os pesquisadores do Cepea, o crescimento do agronegócio mineiro no ano passado foi decorrente das altas de 5,6% no setor agrícola e de 0,74%, no pecuário.
Tendo em vista os resultados dentro da porteira, o agricultor mineiro foi mais eficiente. A alta na agricultura (segmento primário) chegou a 6,33% no estado. Pesquisadores do Cepea indicam que o resultado foi influenciado pelo crescimento em atividades importantes em Minas, como café e soja. No caso do café, o incremento da produção, fruto da safra recorde de 31,9 milhões de sacas (53% da safra nacional) compensou, em termos de valor, a queda significativa nos preços. Já na pecuária, a alta de 0,74% foi puxada pela produção de frango, leite e vacas.
AGROINDÚSTRIA
A agroindústria de base agrícola teve expansão de 8,43% em 2018, influenciada pelo crescimento em atividades de grande peso no estado mineiro, como etanol hidratado, celulose e óleo de soja refinado. A agroindústria de base pecuária, por sua vez, reagiu a partir do segundo semestre de 2018, fechando o ano com alta. A elevação foi motivada pela maior produção e preço de produtos lácteos. Já para carnes, as baixas de preços acumuladas foram significativas.
O segmento de insumos teve aumento de 4,01% em 2018. Entre as atividades, destaca-se a alta no faturamento para combustíveis. Já para fertilizantes e alimentação animal, foram registradas baixas em quantidade, mas alta de preços.
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