Praga "RJ" extermina com a fazenda Marabá de Campo Verde (MT)
O jornalista João Batista Olivi, do Notícias Agrícolas, esteve na Fazenda Marabá, município de Campo Verde (MT), no planalto central de Mato Grosso. Com 18 mil hectares, a Marabá foi uma das mais produtivas propriedades agrícolas do País. Focada no cultivo de algodão, era referência em investimentos técnicos e empreendedorismo agrícola.
Em 2017, a Marabá, ameaçada por falência, entrou em recuperação judicial. Atualmente, a fazenda está semi-paralisada, tornando-se um foco de disseminação de pragas e doenças. O jornalista mostra, ao longo da reportagem, áreas da fazenda com restos de algodão que geram um enorme problema fitossanitário para o municípío, especialmente para os vizinhos dessa fazenda.
As culturas que não foram eliminadas estão acumulando pragas e doenças, gerando inóculos de ferrugem e aumento da presença de bicudos, a principal praga do algodoeiro. Há registros de infestação dessa praga a mais de 10 km de distância. Mesmo com 16 pulverizações, a vizinhança não consegue controlar os bicudos.
E no link a seguir, veja a nota de esclarecimento da Fazenda Marabá:
A fazenda-modelo Marabá, do grupo JPupim, uma das melhores de Mato Grosso, virou um imenso e inacreditável foco de disseminação de bicudos e ferrugem. Veja o relato de João Batista Olivi:
Veja:
>> Fazenda Marabá vai mais uma vez a leilão
>> FAZENDA MARABÁ: MPE tenta interditar fazenda de Pupin para evitar pragas
>> MPE tenta interditar fazenda de Pupin para evitar pragas
Restevas do algodão e restos de soqueira reproduzem larvas de bicudos, que reinfestam toda a vizinhança
Fotos da safra 2017/18
A famosa Marabá se transformou numa grande "plantação" de bicudos e de endividamento
Vídeos da safra passada
Quem fica com o prejuízo das doenças e pragas? Os vizinhos, é claro!
Vizinho não aguentou o ataque dos bicudos e teve de ir pro milho, mesmo a contragosto
Vizinhança faz 16 pulverizações, mas nada vence as nuvens de bicudos...
O que fazer? A Recuperação Judicial tem que exigir a eliminação das soqueiras e restevas
Isso é soja? só restam o caule e ferrugem... as folhas foram levadas pelas lagartas
Soja - safra 2017/2018
Consultor diz que a situação sanitária é muito grave para as lavouras de Campo Verde
Veja mais:
>> JusBrasil - Jose Pupin - Fazenda Marabá
E no link a seguir, veja a nota de esclarecimento da Fazenda Marabá:
4 comentários
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Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS
A Recuperação Judicial tem sido uma medida requerida por empresas em dificuldades financeiras severas que visa a obtenção de um prazo para amortização de dívidas, sob o pretexto da proteção do interesse social da empresa no que respeita aos empregos, etc.
A legislação estabelece uma série de pré-requisitos técnicos para que a medida seja concedida judicialmente, entre eles as demonstrações contábeis que indicam as razões objetivas que configuram a situação. O que tem se verificado é a banalização do instituto com a sua propositura baseada no objetivo de fraudar pagamentos e ganhar um “fôlego” para reestruturar de maneira forçada o fluxo de caixa, muitas vezes em detrimento de fornecedores, bancos e funcionários. Tenho visto solicitações de RJ que deveriam ser condicionadas a redução dos ativos, principalmente de terras que são o motivo principal da alavancagem de muitos produtores de grande porte Na medida em que esse tipo de situação vai se tornando mais comum, o crédito para o Agro se torna cada vez mais difícil, restritivo e caro porque se aumenta brutalmente a percepção de risco do setor Em situações excepcionais, a RJ tem realmente uma função importante e que pode permitir uma reestruturação verdadeira, mas usar as oscilações nos preços de mercado, câmbio e fatores do gênero para ensejar o pedido pode esconder o objetivo de enriquecimento ilícito mediante o locupletamento em relação a terceiros O Produtor Pessoa Física não tem a menor condição técnica de solicitar a RJ e essa interpretação forçada dos Advogados está sendo feita porque envolve honorários milionários.Estão utilizando a Recuperação Judicial como instrumento de estelionato, e quem recebe a fatura são os agricultores e empresários que pagam suas contas em dia!
LUIZ CARLOS RODRIGUEZ Atibaia - SP
quando eu digo profissionalismo digo que lado empreendedor falou mais alto sem pessoas qualificadas para dizer, chega. vamos consolidar para crescer mais.
LUIZ CARLOS RODRIGUEZ Atibaia - SP
Infelizmente é o que acontece. o produtor acaba por ter uma área muito grande, nao consegei gerir principalmente por falta de profissionalismo, dá um passo maior que a perna, e, agora, toda a regiao vai pagar o preço com enormes prejuizo, isso é como nao vacinar gado a doença anda a passos longos. quem vai pagar o prejuizo da lavoura.
Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Sr. João Batista, isso é uma mostra de que "Kafka tinha razão"!
O escritor Franz Kafka, nascido em 1883 na cidade de Praga, Império Austro-húngaro, vindo a falecer em 1924 na Áustria. É considerado pelos críticos um dos maiores escritores do século XX. Em sua obra "O Processo" o escritor descreve as mazelas do processo Kafkiano que desnudam os tráficos de influência, os conchavos, os descaminhos, os bastidores que levam às ações a caminhos já demarcados, onde o que paira sobre o personagem, dentre outras coisas, é a ilusão de estar respaldado por um estado de direito. O campo do direito é um labirinto de veredas que se bifurcam. A razão do Estado se entrelaçam com a razão do direito de uma forma que se tornam únicas. A ordem jurídica é cúmplice da intervenção estatal, em razão disso, não permite a revisão do sistema de justiça. Kafka descreve a estranheza de uma condição onde o homem descobre que a realidade é pior que o pesadelo. Ah! Neste domingo o Estadão publicou no caderno Aliás um artigo cujo título é: "Como Franz Kafka e George Orwell previram problemas do século XXI". Veja que embora tenham escrito há quase um século, os fatos são atuais. Daí em afirmarmos que "Kafka tinha razão"!!!Muita poesia nos comentários. Conheço o Pupim, conheço o irmão dele, ex p´refeito de Maringá e conheci o pai dele Sr. Antonio. Administrador de fazendas, que com seu trabalho honesto deu toda a base para esse império. Digo poesia, pois seria muito simples os agricultores vizinhos se reunirem e fazer um cordão fitossanitário na propriedade. Não custaria nada e seria de alta eficiência. Agora, ficar com filosofia Kakfiana em uma situação dessas????Ora, pega um enxadão e vá catar amargoso, depois pergunta o que a Kafta acha disso tudo.
Se conhecesse bem os Pupim, saberia que eles não dão chá pra ninguém ... ou que faça então cumprir as leis fitossanitarias....
Sr. Cesar, não tenho enxadão mas, tenho o "amargoso" do sistema judiciário brasileiro nas minhas entranhas. ... Quanto ao seu "conhecimento" das pessoas que você citou, não as conheço! ... Agora, esse lado "limpo" que o Sr. enxerga no "processo" em questão, você tem esse direito, como, também, tenho o direito de escrever o que os "processos" carregam em suas "bifurcações". ... Enfim, minha terra não tem "amargoso". Mas, como você tem essa habilidade de "catar amargoso", seria bom ir fazer uma visita na área da Fazenda Marabá... ... ... ... ... Sr. Cesar, o meu comentário diz, sobre o "sistema", onde há o inicio e o fim já demarcados.... ... Não foram os donos da Fazenda Marabá que fizeram essas leis, eles caminham por caminhos abertos por outros ... ... Ou seja, não são os culpados por tudo que está aí !!!
Ah! ... (complementando)... Se o Sr. prestar (bastante) atenção na reportagem do "repórter" JOÃO BATISTA, vai ver que ele chama a atenção para que os procedimentos legais deem mais atenção no controle fitossanitário, pois esse tal de MPE entende do assunto, como muitos dos leitores do FALA PRODUTOR entendem, de "foguetes da NASA" ... ... É só mais um palpite de um velho matuto... que gosta dos escritos de Franz Kafka!...