IEA avalia o Plano Agrícola e Pecuário 2018/19
Divulgado pelo Governo Federal, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/19, instrumento que define as principais medidas de política agrícola a serem seguidas nos próximos 12 meses foi considerado tímido pelo setor, especialmente em relação às taxas de juros, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O volume de recursos a ser disponibilizado aos agricultores, estabelecido em R$ 194,3 bilhões, é 2,1% superior que o disponibilizado no ciclo anterior.
Dos valores disponibilizados para o crédito rural, R$ 153,7 bilhões compõem os recursos com juros controlados e R$ 37,4 bilhões com juros livres. Para o apoio à comercialização foram previstos R$ 2,6 bilhões e para a subvenção ao seguro rural, foram destinados R$ 600 milhões, explicam Terezinha Joyce Fernandes Franca e Rejane Cecília Ramos, pesquisadoras do IEA.
A inserção da piscicultura integrada nos financiamentos de custeio, com juros de 7% a.a., juntamente com a produç ão de suínos e aves e ovos, vem complementar a demanda por proteína animal. Outro destaque é a ampliação de recursos para construção de armaz éns nas propriedades dos pequenos e médios produtores rurais, para os quais estão sendo destinados R$ 700 milhões por beneficiário. O Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) teve o limite alterado de R$ 2,2 milhões para R$ 5 milhões para todas as finalidades financiáveis, e a taxa de juros caiu de 7,5% para 6% a.a. Para a recuperação de reserva legal e de áreas de preservação permanente, o governo concedeu taxas de juros favorecidas de 5,25% a.a.
De acordo com as pesquisadoras, o PAP, apresentado normalmente no início de junho, reúne o conjunto de ações voltadas para atender, a cada safra, a política agrícola nacional, que tem como eixos principais o crédito, o seguro e a garantia de preços. Além dessa modalidade, a agropecuária nacional conta com recursos próprios e com o financiamento do sistema privado. Uma das opções para custeio e comercialização s ão recursos provenientes das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA.
O Plano oferece ainda ao agricultor a possibilidade de optar, para operações com prazos superiores a 12 meses, entre taxas de juros pré ou pós-fixados. Do ponto de vista dos produtores, a opç ão por taxas de juros pós-fixadas deve ser muito bem avaliada, pois depende de fatores internos e externos da economia.
A cada ano novas medidas são adotadas visando atender às demandas de curto e médio prazos dos produtores e suprir as deficiências identificadas pelo setor; no entanto, o que daria ao produtor uma maior previsibilidade e segurança para tomada de decisões no seu negócio seria a elaboração de um Plano Agrícola Plurianual, afirmam as pesquisadoras.
Para ler o artigo na íntegra e consultar as tabelas e gráficos, clique aqui.
0 comentário
CNA destaca papel do produtor rural no futuro da agricultura durante o ConBAP 2024
Dólar dispara com notícia de isenção de IR e atinge maior valor da história, aos R$5,9141
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Produtores rurais ganham direito à isenção de IPI na compra de veículos
Líder mundial no uso de defensivos biológicos, Brasil precisa aprovar projeto de bioinsumos