Noruega financia manual em mandarim sobre o atendimento ao Código Florestal brasileiro

Publicado em 13/04/2018 09:48
por BLOG AMBIENTE INTEIRO

As ONG ambientalistas BVRio e IPAM publicaram na semana passada uma versão em mandarim de um manual sobre o cumprimento do Código Florestal por propriedades brasileiras. O “Guia prático para a análise do atendimento ao Código Florestal” tem o objetivo de orientar os compradores chineses de carne e soja brasileira na verificação do atendimento ao Código Florestal nas suas cadeias de suprimento.

A versão original do guia foi desenvolvida por BVRio, Proforest e IPAM e a versão chinesa foi traduzida por BVRio e CDP, com recursos do fundo norueguês NORAD.

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在此对巴西林务局 é como se escreve Código Florestal Brasileiro em mandarim

Em tempo, o fundo soberano da Noruega, que é uma grande exportadora de petróleo, é um dos donos da Norsk Hydro, empresa que lucra desmatando e poluindo rios na Amazônia. Por outro lado, a Noruega é a maior doadora do Fundo Amazônia cujos recursos financiam a repressão do Ibama e de ONGs contra as atividades produtivas da região.

Não custa lembrar que essas ONGs que hoje fazem manuais de compliance em relação ao Código Florestal lutaram duramente contra a lei atual. 

Sabem o que isso significa? 

Que o ambientalismo que se faz no Brasil não é sério.

Brasil desvia verba de pagamento por serviços ambientais para ações de Comando & Controle

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Financiados por Noruega e Alemanha, agentes brasileiros destroem máquinas ilegalmente na Amazônia. Saiba mais em: O crime perfeito.

O Ibama e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram na quinta-feira, 05 de abril, no Ministério do ½ Ambiente (M½A), novo contrato para aplicação de R$ 140,26 milhões do Fundo Amazônia em ações de fiscalização ambiental no bioma amazônico por 36 meses, a partir de maio de 2018.

O Fundo Amazônia foi criado como forma de transferir recursos de países interessados na proteção ambiental no Brasil. A ideia inicial era investir em iniciativas que incentivo a proteção de florestas, mas os recursos estão sendo usados para financiar ONGs e ações de Comando e Controle. Os maiores "doadores" do fundo são Alemanha e Noruega.

O contrato assinado entre o Ibama e o BNDES, gestor do Fundo Amazônia, serão usados em apoio logístico e aeronaves para as operações de fiscalização ambiental. Serão repassados ao longo de três anos: R$ 44 milhões em 2018, R$ 46 milhões em 2019 e R$ 48 milhões em 2020. No mesmo período, o Ibama destinará R$ 5,24 milhões para o pagamento de diárias e passagens dos fiscais operadores dos talões de multa.

Saiba mais em: A indústria da multa no Brasil

As atividades apoiadas pelo Fundo Amazônia serão concentradas nas regiões mais pobres da Amazônia e que sofrem maior pressão de desmatamento, conforme alertas emitidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros.

“A assinatura do novo contrato estava condicionada ao alcance de resultados positivos no período anterior”, disse a presidente do Ibama, Suely Araújo. Os recursos do contrato assinado em novembro de 2016 permitiram a realização de 841 operações de fiscalização ambiental na Amazônia Legal, com a aplicação de 9.748 autos de infração, que totalizam R$ 3,5 bilhões em multas.

O ex ministro do ½ Ambiente, Sarney Filho, destacou a perversão no uso dos recursos do fundo: “Esse recurso adicional para comando e controle é muito importante”, afirmou.

Em novembro de 2016, Ibama e BNDES assinaram o Profisc-1, contrato que previa a destinação de R$ 56,3 milhões do Fundo Amazônia para ações de fiscalização ambiental no período de 15 meses. Na ocasião, o ministro Sarney Filho definiu a assinatura como emblemática e afirmou que os recursos ajudariam o Brasil a cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris. “Temos que fazer a transição para a economia de baixo carbono e para isso precisamos de recursos.”

Mostramos isso aqui no blog: Noruega e Alemanha financiarão força militar armada no Brasil para atuação na Amazônia

Com informação do Ministério do Meio Ambiente e imagem de Vinícius Mendonça/Ibama

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Sarney Filho emplaca sucessor no Ministério do ½ Ambiente

Edson Duarte, do PV, partido que não apoia o governo Temer, é o novo Ministro do ½ Ambiente. Duarte foi escolha de Sarney Filho, que deixou o cargo para disputar uma das cadeiras do Maranhão no Senado. 

Na última terça-feira, dia 10, o presidente Michel Temer deu posse a dez novos ministros. Em discurso, Temer frisou a manutenção da estrutura político-partidária na reforma ministerial. “Não interrompemos a administração. Ao escolhermos os ministérios, mantivemos a mesma composição político-partidária. Nosso objetivo é não interromper o que foi feito até agora. Vamos completar a obra que começamos", disse Temer. 

O novo ministro do ½ ambiente não estava entre os dez nomeados na terça. Edson Duarte foi nomeado por Sarney Filho como Secretário Executivo do Ministério no dia 23 de março e assumiu o ministério em caráter interino imediatamente após a saída do ministro duas semanas depois.

Na prática, ao não nomear ninguém para a pasta, Temer e Sarneyzinho Filho armaram para manter as ONGs no controle do ministério. 

Para quem não se lembra, Edson Duarte era deputado federal quando a Câmara dos Deputados iniciou o processo de reforma do Código Florestal. Duarte liderou as ONGs contra a nova lei.

Veja aqui o que publicamos sobre a atuação de Edson Duarte durante a reforma do Código Florestal.


Na campanha que esse blog fez para a exoneração de Sarney Filho do Ministério após a entrega dos dados do Cadastro Ambiental Rural às ONGs internacionais, lançamos o nome do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, para o Ministério.

Na verdade, o post não tinha fundamentação nenhuma. Lançamos o nome de Maurício Lopes apenas para tentar manter a fritura de Sarney Filho. Não deu certo no primeiro momento, mas o nome de Maurício Lopes continua circulando como aposta para o Ministério sob forte oposição das ONGs e dos blogs de ambientalismo radical.

Ocorre que a bancada e as principais entidades do agro estão fechados com Michel Temer. Na situação atual, Temer pode se dar a luxo de entregar o Ministério do ½ Ambiente ao controle das ONGs prejudicando o setor e o país que a bancado do agro permanecerá silente.

Esse blog acha que o novo Ministro do ½ Ambiente já está nomeado. Sem alarde, Sarneyzinho Filho fez o sucessor e continua no controle do Ministério.

Foto: Agência Brasil

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