Pará não precisa de novas áreas para ser um grande produtor agropecuário
O ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em visita à capital paraense, assinou nesta segunda-feira (4), em conjunto com o Governador Simão Jatene, a Instrução Normativa que reconhece Zonas de Proteção do Pará como livres de febre aftosa, com vacinação.
A partir do reconhecimento pelo Mapa dos estados do Pará, Amazonas e Amapá, todo o Brasil evolui para o status de livre de febre aftosa, com vacinação. Santa Catarina é o único Estado livre de febre aftosa, sem vacinação, desde 2007. A previsão é que se obtenha o reconhecimento internacional da nova condição sanitária pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2018.
Em seu discurso, o ministro reiterou convicção sobre o futuro promissor da agropecuária paraense.
“O Pará será um dos produtores da agricultura e da pecuária brasileira sem a necessidade de abertura de novas áreas”, disse Blairo Maggi “. O governo do Pará, assim como o governo brasileiro, não incentiva qualquer desmatamento. Se ocorrem, dentro da lei, é porque é permitido, mas o que é fora da lei é combatido. Estamos fazendo no Brasil o que é correto, salutar, o que o Brasil precisa”.
Blairo Maggi dirigiu-se ao governador Simão Jatene para enfatizar a mudança significativa da opinião pública brasileira com relação ao produtor rural.
“Governador”, disse o ministro, “uma pesquisa apurou que, pela primeira vez, a população urbana reconhece a agricultura e a pecuária como importantes para a sociedade brasileira. Fiquei admirado. Até já disseram. Se a França é reconhecida como a terra do champanhe porque o Brasil não pode ser reconhecido como a terra do agronegócio, a terra da agricultura, a terra da pecuária?”
Ao discursar, o governador Jatene concordou com as palavras de Blairo Maggi.
“Ministro, é verdade sim”, disse o governador. “É possível avançar muito na produção sem precisar avançar mais de um palmo sobre florestas. Entendemos que aqui é possível, sim, produzir e assumir desmatamento nível zero. O que precisamos fazer? Realizar uma grande revolução pelo conhecimento. Sem o conhecimento, certamente não seremos no século 21 o que podemos e devemos ser.
Ainda em Belém, o ministro participou da cerimônia de abertura do V Encontro Nacional de Defesa de Sanidade Animal (Endesa 2017), promovido pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
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