Atenta à demanda no Nordeste, J.Macêdo inaugura sistema de transporte de grãos em Salvador
Por José Roberto Gomes
SÃO PAULO (Reuters) - Atenta a uma região com grande potencial de demanda, a fabricante de farinha de trigo J.Macêdo inaugurou nesta quinta-feira um novo sistema de descarregamento mecânico de grãos de navios no Moinho de Salvador (BA), no valor de 27,5 milhões de reais, dando continuidade a um ciclo de investimentos que deve se encerrar no fim de 2018.
"Esse nosso ativo é estratégico porque poucos moinhos estão localizados tão próximos a um porto. A razão do investimento foi a localização estratégica, o crescimento do Nordeste e a relevância das nossas marcas na região", disse à Reuters o presidente da companhia, Luiz Henrique Lissoni.
Na Bahia, o plano de expansão volta-se à ampliação do Moinho Salvador, incluindo a construção de seis novos silos para armazenagem de trigo e produção de farinha, e também contempla novas linhas de fabricação de massas e biscoitos em Simões Filho, na Grande Salvador.
"A capacidade de esmagamento de trigo no Moinho de Salvador deverá passar de 920 toneladas para cerca de mil toneladas por dia após os investimentos", disse Lissoni.
A J.Macêdo é líder nacional em farinhas domésticas e misturas para bolo e terceiro maior player em massas.
Segundo principal mercado para a J.Macêdo após São Paulo, a Bahia, aliás, receberá a maior parte (350 milhões de reais) dos 550 milhões de reais de investimentos previstos para o ciclo iniciado em 2014 e que acarretará em um "retrofit" do parque fabril da companhia.
Ele salientou que o ciclo de investimento considera ainda a ampliação do complexo fabril em São José dos Campos (SP) e construção de novos silos e do parque industrial do Moinho Fortaleza (CE), berço da empresa, onde o valor investido supera os 70 milhões de reais.
"Todos os indicadores de consumo sugerem um crescimento a médio e longo prazo para o segmento em que atuamos. Estamos modernizando o parque fabril para continuar nossa trilha de crescimento e de rentabilidade", destacou o executivo em entrevista à Reuters.
Conforme ele, as unidades espalhadas pelo país permitem à empresa construir uma "logística de suprimento muito flexível", mesmo que envolvendo importação de trigo do Canadá, Estados Unidos, Argentina e Paraguai.
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