Plantio de culturas de inverno se aproxima do final no Rio Grande do Sul
Os últimos dias foram secos nas regiões produtoras do Estado, se aproximando da conclusão do plantio do trigo e das demais culturas de inverno. Atualmente o Estado alcança 80% de sua área de trigo já semeada, contra uma média, para o período, de 89%. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, os números confirmam uma diminuição de aproximados 5% da área de trigo desta safra 2017 em relação à safra passada, sendo que no mesmo período de 2016 registrava-se uma área de 215 mil ha, contra 209 mil ha para 2017. Entre os motivos estão as condições adversas do clima no plantio, a incerteza do preço a receber na comercialização e o custo de produção elevado.
O plantio da cevada está finalizado no Estado, com 12% das lavouras em germinação e 88% em desenvolvimento vegetativo, com bom estande inicial de plantas e padrão de lavoura. Em algumas áreas nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí o desenvolvimento é desuniforme, apresentando plantas com coloração verde-pálida ou amarelada. No Planalto, a evolução é muito boa, já que grande parte das lavouras foram implantadas nas áreas mais férteis e limpas das propriedades rurais, com uso de média tecnologia e de cultivares precoces, com alta densidade de semente por hectare.
Na canola, restam poucas áreas na região Noroeste para encerrar o plantio no Estado. As demais avançam para o início do estágio reprodutivo (floração). As temperaturas mais altas têm contribuído para o desenvolvimento mais rápido das plantas, principalmente as áreas implantadas no início do período recomendado e antes das chuvaradas, que poderão ter reflexos negativos na produtividade final de muitas lavouras.
Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, as primeiras áreas plantadas já estão largando a primeira camada de flores, mas ainda de maneira incipiente. Apicultores e produtores de canola negociam para cobrir as áreas com polinizadores, pois são atrativas para as abelhas que inclusive podem, de acordo com a literatura, aumentar a produção em 15%, em função de incremento na polinização. As áreas de canola foram cultivadas com bastante atenção devido ao bom valor registrado desta alternativa de cultivo no período de inverno.
HORTIGRANJEIROS E FRUTAS
Na Fronteira Oeste e Campanha, o clima mais seco nas últimas semanas ajudou no desenvolvimento das folhosas, nos tratamentos fitossanitários e nas práticas culturais. Em geral, toda a produção da região é absorvida pelo comércio local e, na grande maioria dos municípios, os agricultores familiares estão vendendo suas produções para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além da comercialização através das feiras livres semanais e direto aos consumidores.
A boa radiação solar da semana no Vale do Rio Pardo e nos Altos da Serra do Botucaraí foi bastante favorável à horticultura em geral. Com essas condições climáticas, as culturas olerícolas da época se desenvolvem de forma satisfatória. Novos plantios de hortaliças foram realizados.
Morango No Vale do Caí o cultivo de material importado e recém-implantado desenvolve-se bem. Registra-se o início de colheita de áreas manejadas para segundo ano e de cultivares de dias neutro implantadas no final de março. A produção atual ainda está baixa nesta época e o preço da cumbuca está em média entre R$ 4,00 a R$ 5,00 por unidade. Observa-se um aumento de brotos, com uma boa carga de emissão de flores.
Videira - Nessa época é realizada a pré-poda, principalmente em Encruzilhada do Sul, onde as áreas dos parreirais são bastante expressivas. Esta prática consiste na remoção de ramos do ano passado, bem como ramos secos e doentes, preparando-se a planta para a poda de frutificação, que será realizada em agosto. Também são realizados trabalhos de melhoria das estruturas dos parreirais, com ajustes nos arames e substituição de postes/ moirões.
Pêssego e Ameixa - Inicia a poda de pessegueiros e ameixeiras precoces no Vale do Rio Pardo. Os botões florais das variedades precoces dessas culturas já estão se preparando para a floração. Os produtores das regiões com maiores altitudes devem ficar atentos para a ocorrência de geadas, as quais podem prejudicar a floração e principalmente a fixação dos frutos.
CRIAÇÕES
Pastagens - Com predominância de clima seco, foi praticamente finalizada a semeadura das culturas de inverno, principalmente de azevém, aveia, cornichão e trevos, e a boa radiação solar, umidade do solo adequada e temperaturas amenas baixas beneficiaram também o desenvolvimento dessas pastagens. Essas forrageiras têm boa recuperação por conta da adubação nitrogenada em cobertura.
Bovinocultura de Corte - Os animais apresentam redução das condições corporais e perda de peso devido à queda na qualidade das áreas de campo nativo, pois há excesso de umidade, alagamentos e baixas temperaturas. Muitos pecuaristas apostam no azevém, que dará esse reforço final nas pastagens, atendendo à demanda nutricional do rebanho até outubro. Outros produtores, favorecidos pelo baixo preço do milho, planejam alimentação concentrada para o final do ciclo de engorda. Alguns produtores utilizam o sal proteinado para melhorar a conversão alimentar dos animais, pois permite o aproveitamento deste material mais fibroso.
0 comentário
Soja e milho em Chicago têm mais uma sessão de alta enquanto açúcar em NY consolida perda de quase 6% na semana
Agro e Prosa Episódio 914 - Como atingir máxima produtividades
Carta para o Papai Noel: Pedidos do Agro para 2025 | Ouça o Agro CNA/Senar #153
Prosa Agro Itaú BBA | Agro Semanal | Mercados de soja e açúcar e o planto de rastreabilidade da pecuária nacional
Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos
As perspectivas para o agro em 2025, rumo à COP do Brasil