Análise feita para atender UE não detectou salmonella que afeta saúde pública
O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em análises realizadas em frigoríficos, não encontrou em aves os dois tipos de salmonellas que podem afetar a saúde pública: a tifimurium e a enteritidis. A informação consta de relatório enviado, nesta sexta-feira (30), ao serviço de saúde e segurança alimentar da União Européia, o DG Sante. O relatório do Mapa é uma resposta a inconformidades apontadas pela missão europeia que veio ao Brasil no início de maio.
O relatório informa ainda providências adotadas e o reforço no controle sanitário, para impedir a presença de salmonella nos cortes de frango exportados àquele mercado, explicou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel. Quando técnicos europeus estiveram no Brasil insistiram na necessidade de os frigoríficos melhorarem a fiscalização dos produtos, com reforço nas equipes de fiscais.
Para atender a essa exigência, o Mapa vai contratar emergencialmente, em até 60 dias, 300 médicos veterinários, que irão atuar junto aos auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) em plantas frigoríficas. Os novos contratados atenderão unidades que exportam para a União Europeia, nas atividades ante e post mortem, explicou o secretário Luís Rangel.
Também está em andamento junto ao Ministério do Planejamento, a solicitação para realizar concurso de mil fiscais para suprir a demanda dos próximos dez anos.
A comunidade europeia é uma das prioridades porque ser cliente antigo, que compra muito e que auxiliou o Brasil a aprimorar a defesa agropecuária com suas exigências. No segundo semestre, o Brasil vai enviar missões veterinárias a diversos países europeus, como Holanda, França, Irlanda, Alemanha e República Tcheca.
Em 2016, países do bloco europeu compraram US$ 1,8 bilhão de carnes do Brasil e, neste ano, até maio, a importação atingiu US$ 648 milhões. As aves são o carro chefe entre os embarques. Nos primeiros cinco meses de 2017, somaram US$ 338 milhões, seguidas dos cortes bovinos, com US$ 221 milhões, perus, com US$ 83 milhões, e, suínos, com US$ 166 mil.
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