Juros menores e volume maior de recursos anunciados no Plano Safra 2017/2018 animam cotonicultores
O presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciaram, na manhã desta quarta-feira (07/06), no Palácio do Planalto, o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, que, de acordo com o Governo Federal, é o de maior volume de recursos até hoje, para financiar a agricultura brasileira. Foram divulgados R$ 190,25 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores, disponíveis entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018.
Aliado ao aumento de recursos, o Governo Federal reduziu, entre um e dois pontos percentuais, os juros das operações. A taxa de juros para custeio de pequenos e médios produtores ficou em 7,5% ao ano, ante 8,5% no último Plano Safra. Já para os demais, a taxa saiu de 9,5% para 8,5% ao ano.
"A queda nas taxas de juros estão alinhadas com o que esperávamos, e são coerentes com a tendência geral da economia, de baixa da inflação e redução de juros definida pelo Conselho Monetário Nacional. As novidades ficaram por conta do volume maior de crédito e de um substancial aumento nos recursos destinados ao Seguro Rural. Isso prova que o governo está consciente da importância, cada vez mais evidente, do agronegócio para a economia brasileira", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura.
Do total de crédito disponibilizado no Plano Safra 2017/2018, R$149,2 bilhões são para financiamento com juros controlados e R$39,1 bilhões, com juros livres. Uma das mudanças mais expressivas se deu nos recursos destinados ao Seguro Rural, que teve incremento de 37,5%, saindo de R$400 milhões, em 2016/17, para R$550 milhões em 2017/18.
Os juros para o programa Moderfrota, voltado ao financiamento de máquinas e implementos agrícolas, caíram de 8,5% ao ano, no último Plano Safra, para 7,5% nesta edição, sendo de 9,8 bilhões o montante dotado para esta finalidade. Já o programa Inovagro, dispõe de R$26 bilhões para projetos de inovação e tecnologia.
"A maior dotação de recursos é muito importante, uma vez que beneficia não apenas o produtor, mas a indústria e a sociedade como um todo. O Plano também avançou ao manter o limite por CPF. Para uma cultura como a do algodão, cujo custo por hectare é de, em média, R$7,5 mil, esse incremento é um avanço", disse o vice-presidente da Abrapa, que representou a instituição na solenidade, Júlio Cézar Busato. Os limites de financiamento são de R$1,5 milhão para os médios produtores (Pronamp) e de R$ 3 milhões para os demais.
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