Ampliação de mercados e desburocratização são prioridades, diz Maggi
Ao participar de mesa redonda sobre o agronegócio no Brasil Investment Forum 2017, nesta quarta-feira (31), em São Paulo, o ministro Blairo Maggi disse que sua gestão à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem duas prioridades: a desburocratização e a ampliação do mercado internacional aos produtos do agronegócio brasileiro. O evento, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Banco Interamericano de Investimentos (BID) e o governo federal, reuniu líderes políticos, empresários e acadêmicos para discutir novos negócios e oportunidades de investimentos no país.
“Para podermos ajudar os produtores, temos que olhar nossas prateleiras e ver as coisas velhas que ainda temos na legislação para revogá-las”, disse Maggi. A atualização das normas e procedimentos envolvendo a atividade agropecuário está sendo feita por meio do Plano Agro+, lançado pelo ministro, no ano passado, para modernizar e simplificar o setor no aspecto legal. “Com esse movimento, estamos contribuindo para que os produtores tenham mais fluidez e enfrentem menos burocracia.”
De acordo com o ministro, é inadmissível que um produto demore cinco, seis, sete, dez anos para ter aprovação para ser utilizado. “Isso é um empecilho para os produtores, porque eles ficam atrasados tecnologicamente e têm perdas na produção agrícola.” Por isso, assinalou Maggi, o Mapa está dando prioridade ao Agro+, objetivando criar um diferente e capaz de impulsionar a modernização do agronegócio.
Maggi também destacou a necessidade de trabalhar muito além das fronteiras. “Como produzimos cada vez mais, temos que ampliar nossos mercados. Caso contrário, caem os preços do produtos e a renda do produtor.” Na busca de nossos parceiros comerciais, o Mapa vem promovendo missões ao exterior para reforçar a qualidade e a sanidade dos alimentos brasileiros e as oportunidades de investimentos no Brasil.
O ministro lembrou ainda que o Brasil era um grande importador de alimentos nas décadas de 1970 e 1980. “Hoje, somos um mercado exportador, com produtos em mais de 150 países. O Brasil se desenvolveu e não foi por acaso”, observou, ressaltando a contribuição da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para o desenvolvimento agrícola e pecuário do país.
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