Aquisição da Syngenta por gigante da China por US$ 43 bi é aprovada na UE
A aquisição da Syngenta pela ChemChina, por US$ 43 bilhões, conseguiu superar os dois maiores obstáculos regulatórios restantes, o que abre o caminho para que a maior aquisição internacional já realizada por uma empresa chinesa seja finalizada em junho.
As duas mais complicadas aprovações antitruste à transação foram anunciadas nesta terça-feira (40, pela Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos, e nesta quarta-feira (5) por Margrethe Vestager, comissária de defesa da competição e principal autoridade antitruste da União Europeia, depois que a gigante estatal asiática concordou em vender ativos significativos na Europa e algumas propriedades nos Estados Unidos.
"As duas grandes aprovações regulatórias que buscamos são as da União Europeia e Estados Unidos", disse Erik Fyrwald, presidente-executivo da Syngenta, em entrevista na semana passada, em Bruxelas. Ele expressou "muita confiança" em que a transação pudesse ser concluída em junho.
Fyrwald, que continuará na presidência executiva da empresa depois que a transação for concluída, declarou que havia recebido garantias da empresa chinesa de que o financiamento necessário para finalizar a aquisição, manter a classificação de crédito de grau investimento da empresa e bancar "crescimento agressivo" para a Syngenta na China já estava disponível.
No total, 17 organizações regulatórias já aprovaram a transação, enquanto a aprovação necessária continua pendente, mas parece provável, na Índia, México e China. No México e Índia, não existem sobreposições significativas entre as atividades das duas empresas, de acordo com uma pessoa próxima à Syngenta.
A aprovação das autoridades regulatórias chinesas dificilmente será negada a uma das empresas estatais do país, e em um acordo histórico que ajuda nos esforços de Pequim para desenvolver um setor nacional de agroquímica e sementes na China.
A aquisição pela ChemChina é a segunda em um trio de grande fusões que estão reordenando o setor mundial de agroquímicos e sementes — que movimenta US$ 100 bilhões anuais — e causando preocupações a políticos e grupos de defesa do consumidor.
A fusão de US$ 140 bilhões entre a Dow Chemical e a Dupont foi a primeira dessas transações, e foi aprovada na Europa na semana passada, ainda que as aprovações dos Estados Unidos, China e Brasil continuem pendentes.
A terceira transação, a aquisição da Monsanto pela Bayer por US$ 66 bilhões, foi a última a ser anunciada.
O processo de revisão da transação deve ser iniciado este mês na Europa e enfrentará o desafio adicional de obter aprovação em um mercado no qual as autoridades regulatórias da União Europeia presumirão que as duas primeiras das grandes fusões do setor de agroquímicos, e as vendas de ativos a elas associadas por motivos regulatórios, irão em frente.
As investigações aprofundadas europeias e americanas sobre a aquisição da Syngenta pela ChemChina tiveram por foco a sobreposição de atividades entre a Syngenta e a Adama, uma subsidiária da ChemChina sediada em Tel Aviv, no segmento de produtos químicos de proteção a safras. Esses produtos são usados por agricultores para regular o crescimento de plantas e eliminar ervas daninhas, mofo e pragas.
A Adama é a maior produtora mundial de pesticidas genéricos, e Vestager disse que a empresa era "um concorrente próximo e importante da Syngenta nos genéricos, em muitos mercados".
Na Europa, a Adama venderá "parte significativa" de seus negócios existentes de pesticidas, 29 pesticidas genéricos que estão em desenvolvimento e ativos e pessoal a eles relacionados.
A Syngenta venderá alguns produtos específicos nas áreas de fungicidas e herbicidas. Não foram revelados compradores para os ativos europeus;. A Adama venderá três pesticidas que produz nos Estados Unidos à AMVAC, uma empresa da Califórnia.
Tradução de PAULO MIGLIACCI, DA FOLHA DE S. PAULO
Na REUTERS: União Europeia autoriza aquisição da Syngenta pela ChemChina por US$ 43 bilhões
BRUXELAS (Reuters) - A ChemChina recebeu do órgão antitruste da União Europeia aprovação nesta quarta-feira para sua oferta de 43 bilhões de dólares pelo grupo suíço de agroquímicos e sementes Syngenta, um movimento que poderia ajudar a China a impulsionar sua agricultura.
O negócio, a maior aquisição estrangeira por uma companhi6a chinesa, é um dos vários que está remodelando o mercado de químicos para agricultura, sementes e fertilizantes.
A União Europeia afirmou que a venda de ativos atende algumas preocupações relacionadas à concorrência.
Autoridades antitruste norte-americanas concordaram com o acordo, com a condição de que a ChemChina venda três marcas.
A aprovação da UE ocorreu uma semana depois de a Dow Chemical e DuPont obterem aprovação para uma fusão.
(Por Foo Yun Chee)
O Globo: Comissão Europeia autoriza fusão entre Syngenta e ChemChina
BRUXELAS - A fusão entre a gigante do setor químico ChemChina e o grupo de agroquímicos e sementes suíço Syngenta teve sinal verde da Comissão Europeia, sob condição de que o grupo chinês ceda parte de suas atividades de pesticidas na Europa, anunciou nesta quarta-feira o braço executivo da União Europeia, um dia após os Estados Unidos concederem aprovação ao negócio.
“A ChemChina propôs importantes medidas corretivas, que respondem plenamente a nossas preocupações em matéria de concorrência, o que nos permitiu autorizar a operação”, disse em comunicado a comissária europeia de concorrência, Margrethe Vestager.
O órgão europeu abriu em outubro passado uma investigação em torno da proposta de compra da Syngenta pela ChemChina, por US$ 43 bilhões, ao destacar que a operação terminaria em uma eventual redução da concorrência nos mercados de pesticidas.
A ChemChina é dona da Adama, maior distribuidora de produtos fitosanitários genéricos e de crescimento vegetal na Europa. Para Bruxelas, os produtos de sobreporiam parcialmente aos da Syngenta, que também controla uma ampla gama de produtos como herbicidas, inseticidas, fungicidas e reguladores de crescimento vegetal.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo.
No Estado de Minas: Bruxelas autoriza fusão de Syngenta e ChemChina com condições
A fusão entre o gigante da química ChemChina e seu rival suíço Syngenta pode ocorrer, sob a condição de que o grupo chinês ceda partes significativas de sua atividade na Europa em pesticidas, anunciou nesta quarta-feira a Comissão Europeia.
"A ChemChina propôs importantes medidas corretivas, que respondem plenamente as nossas preocupações em matéria de concorrência, o que nos permitiu autorizar a operação", disse em um comunicado a comissária europeia do ramo, Margrethe Vestager.
O Executivo comunitário abriu em outubro uma investigação sobre a proposta de aquisição por 43 bilhões de dólares da Syngenta por parte da ChemChina, a maior de um grupo chinês no exterior, ao ressaltar uma eventual redução da concorrência nos mercados de pesticidas e de reguladores de crescimento vegetal.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal Estado de Minas.
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