Fundos ampliam apostas positivas nas commodities agrícolas
Os fundos de investimentos ampliaram, mais uma vez, suas apostas positivas nas commodities agrícolas e um dos destaques se deu no algodão, com mais de 100 mil contratos pela primeira vez. O fluxo administrado aumentou entre os 13 principais produtos agrícolas negociados nas bolsas dos Estados Unidos da soja ao açúcar em cerca de 30,579 mil contratos na semana encerrada na última terça-feira, de acordo com dados do Commodity Futures Trading Commission (CFTC).
"Desde a confirmação das eleições presidenciais que elegeriam o Trump à Presidência dos EUA, os gestores de grandes fundos de investimentos têm colocado uma grande quantidade de capital na compra de commodities agrícolas. As incertezas da administração de Trump coloca os investimentos nas commodities como um investimento mais "seguro" para os gestores de riscos", explica a AgResource Brasil.
De acordo com analistas internacionais, o aumento dos investidores em posições mais longas refletiram um sentimento de perspectivas melhores para os grãos e o complexo soja, além das soft commodities. Entre os grãos, que liderou o movimento foi o milho, com a posição dos fundos no cereal sendo a maior dos últimos sete meses, com a a maior compra semanal desde o último mês de outubro.
Os preços do milho encontram suporte nos dados "tardios" que mostram uma demanda forte pelo produto norte-americano tanto para as exportações - que se mostram 67% maiores do que as da temporada 2015/16 até este momento - além do mercado interno, principalmente do setor do etanol, as quais têm trabalhado em ritmos recordes.
Soja
Na soja, os fundos investidores reduziram suas posições em pouco mais de 2,5 mil contratos, porém, ainda se mantêm em algo próximo a 150 mil contratos, ou seja, perto de suas máximas históricas, como explica o economista da Apexsim Inteligência de mercado. "Apesar da leve diminuição das últimas semanas, as cotações da CBOT foram positivas nas sessões da última semana. Certamente, estes players estão esperando o rompimento dos US$ 10,75 para aumentar a quantidade de compra e elevar ainda mais o preço", diz.
Na outra ponta, ainda como explica Zanin, há os players comerciais que estão vendidos em menos de 100 mil contratos. "Se estes players não estão acreditando que o mercado poderá cair, eles irão segurar suas vendas, esperando assim que o mercado suba", acredita o economista.
E essa espera por algumas definições tem mantido a movimentação dos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago lateralizada, sem uma tendência bem definida, como explicam os analistas da AgResource Company Brasil.
"A AgResource Brasil acredita que os fundos não deverão migrar seus investimentos até uma melhor confirmação da safra norte-americana 2017/18. Isto significa que uma tendência agressiva de alta ou baixa ainda é improvável. Os futuros da soja na CBOT devem continuar oscilando lateralmente nas próximas semanas. Ou em outras palavras, o-andar-de-caranguejo", informa a consultoria.
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