Conab responde às críticas feitas pelo articulista Valdir Fries no site Notícias Agícolas
Com relação às duas matérias veiculadas no Notícias Agrícolas de autoria do Sr. Valdir Fries, "O arcaico sistema da Conab e a politicagem da estimativa de safra divulgada pelo Mapa" (dia 11/01) e "Relatórios do USDA x Estimativa da Conab, do plantio ao pós colheita" (dia 16/01), diferente do que é citado no texto, a Conab não é instrumento do governo para conter a inflação com informações de safra. Equivocadamente o Sr. Valdir utiliza as informações apenas da última safra para contestar o número da Conab, sem analisar as informações de outros anos safras, onde não ocorreu o fenômeno El Nino, por exemplo.
No comparativo, entre as estimativas da Conab, pode-se perceber que a diferença entre o 1º e o 12º levantamento das safras 2014/15 e 2015/16 (apenas para a cultura da soja) temos uma variação positiva de 3,3% na produtividade de 2014/15 e variação negativa de 6,4% na safra 15/16.
Equivocadamente a análise do Sr. Valdir mistura os dados de produção de soja com os dados da safra brasileira de grãos. A safra de grãos envolve 15 produtos (algodão, amendoim, arroz, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale) em 27 Unidades da Federação. São várias culturas sendo implantadas em diferentes épocas, diferentes estádios e com diferentes impactos do clima sobre o seu desenvolvimento, por isso, não se pode realizar uma análise conjuntural sem avaliar separadamente cada uma delas, como a Conab faz nos seus boletins mensais, trazendo atualizações constantes das safras.
Os métodos utilizados pela Conab no processo de levantamento da safra de grãos envolvem a pesquisa e o contato direto com diversos informantes cadastrados por todo o país, a utilização de acompanhamento agrometeorológico e espectral (mapas e condição de vegetação), o conhecimento das informações de pacotes tecnológicos adotados pelos produtores, o acompanhamento sistemático da meteorologia e o uso de métodos estatísticos para a consolidação das informações disponibilizadas ao público-alvo.
O acompanhamento da safra de grãos é realizado quinzenalmente, ou seja, o diagnóstico de acompanhamento das lavouras é atualizado constantemente, o que produz um resultado muito preciso do desenvolvimento das culturas, divulgados no site da Companhia. Deve-se destacar, nos métodos acima citados, os seguintes tópicos.
Modelo agrometeorológico e espectral: as informações obtidas podem indicar os impactos, principalmente, das precipitações e temperaturas (climatologia e anomalias) no processo produtivo, e seus resultados auxiliam o acompanhamento da produtividade. Os mapeamentos podem, ainda, auxiliar as estimativas das áreas de plantio.
Monitoramento da situação climática: as principais informações pesquisadas dizem respeito às precipitações, temperaturas e suas anomalias, umidade do solo, geadas e eventos extremos, bem como, aos resultados de modelos climáticos de prognósticos temporais. Tais informações são utilizadas para o acompanhamento das condições das culturas ao longo de todo o seu ciclo de desenvolvimento.
Metodologia subjetiva: a metodologia subjetiva é realizada através de questionários aplicados junto às entidades e aos órgãos diretamente ligados aos agricultores. A metodologia adotada é a pesquisa amostral estratificada por roteiro em cada estado após a divisão do estado por grandes regiões. A equipe da Conab conta com 100 profissionais capacitados envolvidos diretamente com o levantamento de safra, além dos cerca de 1.500 informantes das principais regiões produtoras do país.
Metodologia estatística: para a metodologia estatística os dados utilizados são da Conab e estão disponíveis no site da Companhia (https://www.conab.gov.br/). Os dados de produtividade são anuais, separados por cultura e por Unidade da Federação. No geral, a base de dados utilizada contempla 20 anos, já que a partir de 1994 houve uma estabilização econômica, reduzindo a incerteza nas variáveis analisadas. As séries temporais são estudadas no sentido de compreender o seu mecanismo gerador e predizer o seu comportamento futuro, o que possibilita tomar decisões apropriadas. O método utilizado tem 90% de confiança para os intervalos encontrados. Foi encontrado um modelo para cada cultura e estado.
Com relação aos seus comentários sobre o Usda (United States Department of Agriculture), cabe registrar que outras instituições internacionais fazem estimativa da safra brasileira de grãos e têm suas metodologias, que respeitamos, uma vez que contam também com um corpo técnico capacitado, comprometido e responsável.
A Conab realiza acompanhamento e avaliação da safra de grãos há 40 anos, com uma postura pautada no profissionalismo, prudência e isenção, o que reflete na credibilidade da Companhia perante o mercado interno e externo, produzindo informações relevantes para a agricultura.
2 comentários
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carlo meloni sao paulo - SP
QUANDO COMECEI NA AGRICULTURA PERGUNTAVA :: QUANTAS CABEÇAS DE GADO VOCÊ TEM ?? SEMPRE A RESPOSTA ERA MAIS OU MENOS ----DEPOIS ENTENDI QUE TODO DIA NASCE BEZERRO OU MORRE ALGUMA CABEÇA---MAS O PESSOAL DA CONAB SENTADINHO NA MESA COM AGUA FRESCA ELE SABE DE TUDO-----KKKKKKK
carlo meloni sao paulo - SP
EU LI ESTA MATERIA DA CONAB, E NAO ENCONTREI NENHUM ARGUMENTO QUE POSSA REALMENTE ME CONVENCER DA EXATIDAO DAS INFORMAÇOES LEVANTADAS PELO ORGAO PUBICO... NA DECADA DE 70 EU LIA NOS JORNAIS AS ESTIMATIVAS DAS SAFRAS E QUASE RACHAVA A BARRIGA DE TANTO RIR... EU PLANTAVA E NAO SABIA COM EXATIDAO O TAMANHO DA MINHA ROÇA E O GOVERNO INFORMAVA QUE SABIA DE TUDO... NAQUELE TEMPO A GENTE ACEITAVA MAIS FACILMENTE AS ESTIMATIVA DOS ORGAOS AMERICANOS PARA A SAFRA DO BRASIL...HOJE EXISTE MUITO MAIS TECNOLOGIA, MAS O ARTIGO DA CONAB NAO EXPLICA NADA, TENTA JUSTIFICAR A CREDIBILIDADE POR SUA ATIVIDADE DE 20 ANOS... ESTE ARGUMENTO NAO DA' CREDIBILIDADE POIS A CONAB PODE MUITO BEM ESTAR ERRANDO HA 20 ANOS... EU PRODUZIA MILHO E DEPOIS O VENDIA PARA UM GRANJEIRO AI PERTO, NAO HAVIA DOCUMENTO NENHUM....COMO ESSES CARAS PODEM SABER O CERTO?? ---MAIS TARDE TIVE UM ARRENDATARIO QUE DECLARAVA MAIS AREA DO QUE A REAL PARA PEGAR MAIS FINANCIAMENTO... EM CINQUENTA ANOS NUNCA VI UM FISCAL DE BANCO FISCALIZAR O EMPRESTIMO NA LAVOURA... NOS ESTADOS UNIDOS TEM FOTOS DE SATELITE E PELA COR IDENTIFICAM A CULTURA, SOMAM TUDO, E PRONTO... SERA' QUE A CONAB TEM ISSO?... EU NAO SENTI FIRMEZA NA RESPOSTA DELES... SO' EMBROMAÇAO---
Prezado Carlos Merlone
Prezado Carlo Merlone ,a Conab faz isso é muito mais, não são apenas as informações de agricultores, cooperativas e órgãos parceiros no levantamento de dados que são levados em conta, a Conab trabalha com imagens de satélite também, identificando áreas pela coloração dá vegetação, através de sensoriamento remoto. Essas tecnologias são as mesmas utilizadas nos EUA e demais países que fazem esse tipo de trabalho.
Eugenio, porque a pessoa que contestou o Valdir Fries não explicou de forma clara como o senhor fez agora---O senhor pertence a CONAB? ---CONFIANÇA NAO SE IMPOE ------- CONFIANÇA SE CONQUISTA COM ATITUDES E ARGUMENTOS CRISTALINOS---
Pela sua explicação podemos concluir que a CONAB consegue registrar com precisao a área plantada de cada cultura----Ponto----Entendo que o trabalho de pesquisa junto a agricultores e cooperativas tenha a finalidade de avaliar a produtividade em face da chuva e das pragas-----O que tenho observado neste espaço de NA a existência de reclamações de agricultores que alegam uma determinada situaçao diferente da publicada pela CONAB --Diante de toda essa reclamação eu so' posso concluir que o trabalho conclusivo da CONAB e' Lerdo e por causa disso sempre fica fora de sintonia com a realidade---