Reajuste do tabaco é firmado em 8,35% com empresa Souza Cruz

Publicado em 28/11/2016 14:12

O percentual de reajuste do preço do tabaco para a safra 2016/2017 será de 8,35%. A decisão foi firmada com a empresa Souza Cruz, nesta semana, mediante assinatura do protocolo entre as entidades representativas dos fumicultores e a indústrias fumageira. A primeira proposta foi de 10,9%, considerando a variação do custo de produção que é de 7,3%. O acordo final ficou em percentual de 8,35% que além de repor a variação do curso de produção garante um ganho real aos fumicultores. 

As demais empresas - Alliance One, Philip Morris, JTI, Universal Leaf e China Brasil Tabacos – não apresentaram proposta. Com a assinatura do protocolo com a Souza Cruz, as entidades representativas dos produtores esperam que as demais empresas pratiquem o reajuste e assinem o protocolo até 15 de dezembro.

A definição de preço do tabaco já em novembro é considerada um avanço para as entidades. “Estabelecer esse preço ainda durante 2016, para que os fumicultores iniciem a comercialização do seu produto cientes do preço que irão receber, é importante para o bom andamento da safra”, destacam os representantes dos fumicultores.

O representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Francisco Eraldo Konkol, participou da reunião e destacou que uma das solicitações feitas às empresas foi a instalação de um display na correia de venda. “Isso para que o produtor, no momento em que for efetuar a venda do fumo, possa acompanhar a média de preço que está sendo negociada para que não ocorram surpresas negativas ao fumicultor no final da venda”. Segundo Konkol, a empresa Souza Cruz aceitou prontamente a indicação da categoria. “As demais empresas analisarão a possibilidade”, complementou. 

Em casos de multas pela não entrega, a solicitação foi de que o valor cobrado seja sobre o saldo que não foi entregue por parte do produtor. “As empresas, geralmente, cobram o valor total de multa do contrato e não apenas da parte que não foi entregue. Nossa reinvindicação é de que seja cobrado proporcionalmente”, esclareceu Konkol. 

A comissão representativa dos fumicultores é formada pela Farsul, Faesc e Faep e Fetag, Fetaesc e Fetaep, dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

TABACO MADURO 

Diante do cenário do mercado da atual safra de tabaco, as sete entidades representativas dos fumicultores orientam os produtores para colherem o tabaco maduro. “A tendência do mercado é de preferência por tabaco do tipo O e de dificuldades na comercialização dos tipos L. Portanto, o produtor deve seguir a orientação e colher seu tabaco maduro para atender ao mercado e garantir lucratividade”.

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Fonte:
MB Comunicação

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