Programa incentiva plantio de milho, feijão e pastagem após a colheita do tabaco em Santa Catarina
A intenção é que os fumicultores diversifiquem a produção e aproveitem melhor os recursos das propriedades rurais. A parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) para execução do Programa Milho, Feijão e Pastagens Após a Colheita do Tabaco em Santa Catarina será renovada nesta segunda-feira, 21, com a presença de autoridades e lideranças do setor agropecuário. O evento acontecerá às 16h, na sede da Secretaria da Agricultura, em Florianópolis.
O Programa acontece em toda região Sul e, na safra passada, R$ 650 milhões foram injetados na economia com o plantio de 152 mil hectares de milho e feijão na resteva do tabaco. O plantio após a colheita do tabaco reduz os custos de produção dos grãos e pastagens, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes aplicados. Consequentemente, pode haver redução de custo na produção de proteína (carne, leite e ovos). Outros benefícios são a proteção do solo contra a erosão e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.
A Secretaria da Agricultura oferece a orientação técnica aos produtores, através da Epagri, e fornece as sementes de milho, por meio do Programa Terra-Boa. Conduzida pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a ação reúne a estrutura de campo das empresas associadas e das entidades apoiadoras. São parceiros o governo dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e das Federações da Agricultura e dos Trabalhadores na Agricultura dos três Estados.
A Região Sul é responsável por 98% da produção brasileira de tabaco, sendo Santa Catarina o segundo maior produtor do país. Nos três estados do Sul, a produção de fumo é realizada em regime de integração com a indústria e, assim, o plantio se dá de acordo com as necessidades internas e de exportação. Segundo dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), em Santa Catarina são 47 mil fumicultores, com 120 mil hectares plantados, responsáveis pela produção de 258,2 mil toneladas em 2014. As exportações chegaram a 75 mil toneladas, um rendimento de US$ 386 milhões.
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