Produtores apostam em barter e defensivos genéricos para ter mais rentabilidade na safra 2016/17
Os produtores rurais brasileiros diversificaram as formas de financiar a safra agrícola 2015/16 por causa das dificuldades na obtenção de crédito. Assim, ganharam importância fornecedores de insumos que vendem a prazo, fora do sistema financeiro, e que negociam insumos em operações de troca, o chamado barter. Além disso, cresceu a procura por defensivos agrícolas pós-patente, que são mais baratos que os de especialidades e apresentam eficiência na lavoura. Essa tendência deve se manter na temporada 2016/17, quando a oferta de crédito deve ficar semelhante à anterior.
De acordo com o presidente da Albaugh Brasil, Renato Seraphim, as negociações de defensivos genéricos devem continuar a crescer, assim como as operações de barter. “O produtor está sempre procurando alterativas para melhorar sua rentabilidade. Dessa forma, as empresas de defensivos são uma ótima alternativa para negociar a troca dos insumos pela produção. Já no início de 2017, estaremos operando nessa modalidade de negócio”, explica.
Seraphim estima que 30% dos negócios da companhia em 2017, que chegou ao Brasil em meados deste ano, sejam feitos via barter. “Temos a expectativa de faturar mais de US$ 200 milhões no ano que vem e boa parte deve resultar da troca de insumos por grãos e outras commodities agrícolas.”
De acordo com a Sondagem de Mercado do Agronegócio do 2º trimestre de 2016, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), 11% do financiamento para a safra 2015/16 veio das revendas, ante os 3% apontados no levantamento anterior, do 4º trimestre de 2015. No mesmo período, a participação das cooperativas passou de 10% para 14%, além da parcela das indústrias de insumos ter subido de 2% registrados na pesquisa anterior, para os atuais 5%.
Em contrapartida, o percentual da safra financiado por bancos caiu de 42%, registrados no final de 2015 para 37% na atual pesquisa.
Menos custo
Além de diversificar na forma de negociar, os produtores brasileiros têm cada vez mais optado por defensivos pós-patente, que são mais baratos e já provaram sua eficiência ao mercado.
Esses produtos respondem por uma fatia de nada menos que 38% do mercado total dos agroquímicos. Apenas em 2015, esse segmento movimentou US$ 3,65 bilhões (de um total de US$ 9,6 bilhões) em herbicidas, inseticidas, fungicidas e tratamento de sementes, de acordo com o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal).
O volume de defensivos pós-patente aplicados nas lavouras aumentou 44,4 mil toneladas entre 2012 e 2015, quando chegaram a 304,9 mil toneladas anuais. Considerando-se apenas esse indicador, os genéricos já significam 77% dos produtos usados nas lavouras.
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