Agricultores e irrigantes do Oeste baiano querem exportar pelo Porto de Aratu-Candeias
Agricultores e irrigantes do Oeste baiano estão à procura de formas para melhorar a exportação dos produtos que cultivam na região, principalmente da soja, e a recepção de fertilizante para reduzir o custo de produção das lavouras e os tornarem mais competitivos. Com este objetivo, uma comitiva, liderada pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), esteve nesta quinta-feira (6), na sede da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), para pedir que seja licitado um berço do Porto de Aratu-Candeias para que empresas exportadoras possam se instalar.
A comitiva foi recebida pelo presidente da Codeba, Pedro Dantas, e pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócio, Élio Régis, que demonstraram muito interesse de atender ao pedido, pois não têm dúvidas de que terá impacto positivo, principalmente na região do Oeste baiano, que hoje cultiva uma área de 2,2 milhões de hectares e possui mais de 3,5 milhões/ha a serem incorporados ao sistema produtivo.
De acordo com o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, os preços das commodities têm como base a produção em Chicago (EUA). O preço para o produto local é formado após a subtração dos custos do frete marítimo, do sistema portuário, do transporte para chegar até o porto e as taxas e impostos.
Júlio Busato exemplificou que o produtor americano coloca uma tonelada de soja no navio ao custo de 25 dólares, com uma produtividade de 3,5 toneladas/ha, o que dá uma vantagem para ele de 157 dólares/ha. “Essa é a diferença que precisamos reduzir para aumentar o ganho do agricultor baiano e melhorar sua competitividade”, destacou.
Ele observou que a Codeba ao disponibilizar um berço do Porto de Aratu-Candeias é de uma importância muito grande para o Oeste baiano, “porque irá ajudar a superar as limitações para o crescimento, facilitando a exportação do que será produzido no futuro”. Com sede em Barreiras, a Aiba representa 1,4 mil produtores, em área cultivada de 1,8 milhão de hectares e uma produção de grãos e fibras de mais de 8 milhões de toneladas.
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