DALLAS (Reuters) - Oito pessoas morreram na região metropolitana de Dallas quando um sistema de tempestade levou tornados e inundações ao local no sábado, aumentando para 26 o número de mortos devido às condições meteorológicas no sul dos Estados Unidos nesta semana, de acordo com autoridades e a mídia local.
Autoridades em Garland confirmaram que cinco pessoas morreram após um tornado atingir a cidade, a cerca de 24 km do centro de Dallas. Casas, apartamentos e veículos também foram danificados, segundo a polícia, mas não estava claro quantas pessoas ficaram feridas.
As cinco mortes estariam relacionadas a veículos atingidos por um tornado perto da State Highway 190 e da Interstate 30.
Duas outras pessoas foram encontradas mortas em um posto de gasolina na cidade de Copeville, disse o tenente Chris Havey, porta-voz do gabinete policial de Collin, e uma criança morreu em Blue Ridge.
O Serviço Meteorológico Nacional confirmou que os tornados atingiram várias cidades na região metropolitana de Dallas na noite de sábado, e houve relatos de danos generalizados e inundações.
NO EL PAÍS:
Pior cheia em 20 anos deixa 160 mil sem casa no Brasil e países vizinhos
Chuvas fizeram os rios transbordarem no Paraguai, Uruguai e Argentina. Seis morreram
Mais de 160.000 pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas e levadas para casas de amigos, escolas, ginásios ou barracas montadas com urgência diante das piores inundações em mais de 20 anos para as populações que vivem à margem de rios compartilhados por Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai. Devido a chuvas intensas provocadas pelo fenômeno do El Niño, os rios Paraguai, Paraná e Uruguai, que servem de fronteira entre esses países, transbordaram. Seis pessoas morreram e se espera que as águas comecem a baixar a partir deste domingo.
No Brasil, as cheias do Uruguai e do Queraí atingiram várias cidades do Rio Grande do Sul, deixando 6.500 desabrigados. A Ponte Internacional da Concórdia, que liga o Brasil e o Uruguai, foi interditada por 22 horas, pois o rio alcançou a marca de 14 metros, considerada preocupante para a segurança local. Segundo a Defesa Civil, 12 prefeituras decretarem situação de emergência: Liberato Salzano, Trindade do Sul, Nonoai, Santo Ângelo, São Miguel das Missões, Guarani das Missões, Roque Gonzales, Cândido Godói, Uruguaiana, Quaraí, Passa Sete e Não Me Toque.
A presidenta Dilma Rousseff, que passou o feriado de Natal com a família em Porto Alegre, aproveitou a passagem pelo Estado para ver de perto os estragos da região. Ela sobrevoou, na manhã deste sábado, as áreas atingidas pelas enchentes. A bordo de um helicóptero, Dilma saiu com destino à Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana, e em seguida embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em direção a Uruguaiana. A presidenta também deveria se reunir com os prefeitos das cidades atingidas, acompanhada de representantes do Ministério da Defesa.
O Paraguai é o país mais afetado pelas inundações. Mais de 130.000 pessoas tiveram de deixar suas casas e quatro morreram. A cheia do rio Paraguai obrigou 90.000 moradores de Assunção a deixarem suas casas. Nas calçadas da capital paraguaia foram montadas as chamadas ‘chacaritas’ (favelas) dos desabrigados, que improvisaram casas de madeira. O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, declarou estado de emergência, e destinou um orçamento especial de 3,5 milhões de dólares (14 milhões de reais) para prestar ajuda aos afetados. Do outro lado da fronteira, na província argentina de Formosa, a cidade de Clorinda também tem desabrigados.
Na Argentina os deslocados somam 20.000, metade na cidade de Concordia, na província de Entre Ríos. Também há vítimas nas províncias de Chaco, Corrientes, Misiones e Santa Fe. Duas pessoas morreram, uma delas eletrocutada. O novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, viajou de férias para a Patagônia, mas enviou a vice-presidenta, Gabriela Michetti, o chefe do Gabinete de Ministros, Marcos Peña, e o ministro do Interior, Rogelio Frigerio, para visitar as zonas alagadas pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai e coordenar a distribuição de ajuda. No Uruguai são 5.500 os afetados pela enchente do rio Uruguai. Os departamentos (províncias) mais castigados pelas inundações são Artigas, Salto e Rivera.