Em 10 anos, exportações do Rio Grande do Sul para a China cresceram média de 26,1% ao ano

Publicado em 16/06/2015 07:25

País de dimensões continentais, a China vem ampliando vorazmente a importação de produtos agropecuários gaúchos e brasileiros, com negócios crescendo, em média, 26,1% e 23,8%, respectivamente, nos últimos 10 anos. O valor exportado pelo RS à China saltou seis vezes desde 2004 e chegou a US$ 4,3 bilhões no ano passado. No Brasil, a alta foi de sete vezes no mesmo período, totalizando US$ 22,1 bilhões.

O avanço se dá, em especial, pela expansão da soja, mas está longe de significar que a curva ascendente do apetite chinês bateu no teto. Pelo contrário, as portas entreabertas ou fechadas a alguns setores fazem dos asiáticos um mercado de potencial superlativo.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, a expectativa é de o país embarcar pelo menos 60 mil toneladas até o fim do ano, volume 253% superior ao exportado em 2012. Mais nove plantas podem ser habilitadas ainda neste mês, incluindo outra unidade da Marfrig no RS, em Bagé.

– A reabertura do mercado chinês foi um presente de Natal antecipado. Cremos que, em 2016, a China estará entre os três maiores importadores da carne bovina brasileira. É um mercado perene, que paga bem. Temos de ser responsáveis com a manutenção do status sanitário – diz Camardelli.

Um dos setores que projeta retomada é o da carne bovina. No fim de maio, acordo assinado entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, pôs fim ao embargo à importação da proteína brasileira, que vigorava desde dezembro de 2012. O anúncio da liberação de oito frigoríficos em maio, incluindo um no Estado (Marfrig, em Alegrete), animou o setor.

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Zero Hora

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