Agronegócio com um olho no dólar e outro no clima
Desde que o dólar cruzou a barreira dos R$ 3, no mês passado, produtores começaram a fazer contas. Depois de quase uma década de expansão, eles podem ser obrigados a reduzir o plantio de grãos no próximo verão. Se por um lado a alta da moeda destrava os negócios e ajuda a exportação da safra que está sendo colhida, por outro pesa nos custos de produção e desenha um cenário preocupante para a temporada 2015/16.
“Plantar vai exigir muito planejamento”, alerta o analista da FCStone Vinícius Xavier. Mesmo com a queda de 55% na cotação do petróleo, o que, teoricamente, deixaria os preços de alguns insumos mais baratos, a taxa de câmbio deve anular esse ganho ou até provocar aumento, explica o consultor da Cerealpar, Steve Cachia.
O grande desafio de 2015 será acertar a tendência do dólar e a melhor forma de se proteger é eliminar o risco da volatilidade, recomendam os especialistas. “É preciso tomar cuidado para não assumir um custo de largada alto e depois acabar tomando um tombo se o dólar voltar a cair”, pontua Xavier. Ele recomenda o barter, modalidade de compra de insumos com pagamento em produto em que as relações de troca são travadas na hora da contratação.
Leia o conteúdo no integra no site Gazeta do Povo.
0 comentário
T&D - Íntegra do programa de 25/12/2024
T&D - Íntegra do programa de 24/12/2024
Do Marco Temporal à Lei dos Bioinsumos, 2024 foi ano de grandes batalhas para o agronegócio em Brasília
Cenário futuro do milho é promissor, mas infraestrutura precisa acompanhar
Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro
A grande volatilidade do mercado do café foi o maior desafio para a indústria cafeeira em 2024