Faesc quer maior presença policial no campo
Com o objetivo de sugerir um novo papel para a Polícia Ambiental, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, vem mantendo contatos com o Governo do Estado e o comando da Polícia Militar barriga-verde.
O dirigente expôs que crimes contra a vida humana, o patrimônio privado, a liberdade e a saúde pública aumentam nas comunidades rurais catarinenses. São delitos praticados contra famílias de trabalhadores, produtores e empresários do setor primário. Em face da complexidade do problema, o presidente da Faesc julga viável a proposta do deputado Valdir Colatto, que consiste em dar à Polícia Ambiental a missão adicional de reprimir a criminalidade e investigar bandidos e organizações criminosas que agem no campo. Pedrozo e Colatto foram recebidos nesta semana na sede do Comando, em Florianópolis para discutir a questão.
“A Polícia Ambiental, braço da Polícia Militar de Santa Catarina, mantém equipes volantes que percorrem as regiões agrícolas para combater crimes ambientais com excelente estrutura, equipamento e armamento. Esses mesmos agentes poderiam desenvolver ações de inteligência policial e repressão à criminalidade”, realça.
A Faesc considera a Polícia Ambiental a força policial de maior presença no campo, onde famílias rurais estão sendo atacadas de dia e de noite por bandidos que agem em dupla ou em bando, roubam valores financeiros, máquinas, gado, insumos agrícolas e equipamentos.
Pedrozo alerta que esse problema está anulando uma série de conquistas da sociedade rural, como a eletrificação, o desenvolvimento das pequenas cidades do interior, construção de estradas, educação e saúde, comunicação e instalação de agroindústrias, a tecnologia, os programas sociais dos governos estaduais e federais que contribuíram para a fixação do homem no campo e diminuição dos movimentos migratórios.
O líder sindical patronal entende que serão necessárias operações clássicas de combate ao crime na ampla malha de estradas vicinais com patrulhas rurais, fazendo bloqueios e abordagens, sempre com alternância de localidades. Ele acredita que o emprego de inteligência policial e a intervenção articulada entre as Polícias Civil e Militar e Vigilância Sanitária proporcionarão resultados mais efetivos no combate a todo o leque de crimes.
Uma das sugestões que a Faesc apresenta ao governador e ao comando da PM é a criação de um grupo de trabalho com a participação de entidades ligadas ao setor produtivo na elaboração de políticas de enfrentamento à violência no campo. Outra proposta será a edição de uma cartilha com orientações de segurança na zona rural para distribuição aos produtores rurais.
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