Caminhoneiros ameaçam com nova greve. Blairo Maggi foi vaiado 2 vezes

Publicado em 26/03/2015 18:56
Querem nova tabela de fretes. Prazo final vai até dia 22 de abril

Caminhoneiros autônomos disseram que vão entrar em greve em 23 de abril se o governo não criar, até lá, uma tabela com valores mínimos para pagamento de frete.

A decisão ocorreu após encontro, nesta quinta-feira (26), em Brasília, entre representantes de motoristas, empresas e governo.

A reunião --marcada para debater as propostas aceitas pelo governo para parar com a greve dos caminheiros no mês passado-- foi tensa.

Com previsão de durar duas horas, teve o dobro do tempo. O senador Blairo Maggi (PR-MT) foi vaiado em duas ocasiões após pedir a palavra para falar contra o tabelamento proposto pela categoria. Blairo foi dono da Amaggi, empresa de agronegócio e que contrata os caminhoneiros para fazer o frete.

Os caminhoneiros queriam que a reunião desta quinta já definisse a tabela mínima para o pagamento de frete.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosseto, defendia que a tabela fosse apenas uma referência. Os caminhoneiros se recusaram a referendar a tabela de referência e ameaçaram então começar uma greve ainda nesta semana.

A alegação do governo para não criar a tabela mínima é que seria necessário garantir fundamento jurídico para evitar que os embarcadores derrubem a decisão na Justiça. Os caminhoneiros deram um prazo ao governo até o dia 22 de abril para que o governo consiga uma solução.

Governo diz que avaliará pleito sobre frete dos caminhoneiros em 22 de abril

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo marcou para o dia 22 de abril uma nova reunião com empresários e caminhoneiros para tomar uma decisão sobre o pleito dos motoristas sobre o preço do frete, disse nesta quinta-feira o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues.

A declaração foi dada após reunião com transportadores, embarcadores e caminhoneiros, que integram grupo de trabalho criado após protestos que bloquearam estradas do país em fevereiro.

Segundo o ministro, a principal proposta a ser analisada é de um tabelamento referencial e mínimo para o frete, com o objetivo de garantir renda aos caminhoneiros.

Ele ressaltou que existem pareceres dizendo que ser possível o tabelamento e outros afirmando que não, e é nisso que vai ser concentrada a análise.

(Por Leonardo Goy)

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Fonte:
Folha + Reuters

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