Setor agrícola calcula prejuízos causados por bloqueios nas estradas
Com o fim dos bloqueios nas estradas, o agronegócio brasileiro começa a calcular o prejuízo das manifestações de caminhoneiros para as diferentes cadeias produtivas, mas encontra dificuldade em determinar a dimensão do impacto. Por enquanto, poucos números estão disponíveis, mesmo nos segmentos mais afetados.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Nilson Muniz, não há dúvida de que o setor foi prejudicado, já que as manifestações em rodovias federais e estaduais dificultaram a coleta de leite cru em muitas regiões, diminuindo o ritmo de trabalho das indústrias. No entanto, a entidade não se arrisca a calcular os efeitos econômicos deste episódio. “Sabemos que algumas de nossas associadas, principalmente no Sul, tiveram perdas, mas não chegamos a estimar. Não temos como quantificar isso no todo”, relatou.
De acordo com Muniz, o impacto dos bloqueios para o setor só não foi mais “traumático” porque o leite longa vida ou UHT – produto final de grande parte da matéria prima láctea brasileira – tem uma durabilidade maior. Desta forma, o problema principal ocorreu na produção rural e na industrialização, e não no abastecimento ao varejo.
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