CCR diz que terá direito a reequilíbrio financeiro com Lei dos Caminhoneiros
SÃO PAULO (Reuters) - A concessionária de infraestrutura CCR disse que precisa aguardar a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros para medir possíveis impactos na operação da companhia, mas que qualquer mudança não prevista no contrato de concessão dá a ela direito a reequilíbrio financeiro.
Analistas e especialistas têm afirmado que as concessionárias de rodovias podem ter queda de receita por conta da nova lei, que prevê isenção de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios, e aumento de custo com manutenção, por conta do aumento do limite de peso carregado.
"Vale ressaltar que com qualquer mudança que não esteja prevista no contrato inicial de concessão, que é o que foi aprovado, a companhia tem direito a reequilíbrio", disse Flavia Godoy, da área de relações com investidores da empresa.
Ela disse ainda que a companhia iniciará a discussão sobre o reequilíbrio após levantar a representatividade desse impacto com a regulamentação da lei.
A ABCR, associação que representa empresas concessionárias de estradas, tem dito que os pedágios subiriam se a lei fosse sancionada sem vetos, o que foi feito pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira.
Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do quarto trimestre, a CCR afirmou que pretende financiar em torno de 70 a 80 por cento de seu orçamento de capital previsto para 2015. A empresa acrescentou que não tem sentido escassez de crédito para novas captações ou refinanciamento, apesar de estar sendo impactada pelo aumento do custo do crédito com o avanço da Selic e da TJLP.
A empresa estima um total de 4,8 bilhões de reais para investimentos em 2015. O valor não deduz contribuições a serem recebidas do governo pelas concessionárias Metrô Bahia, VLT e ViaRio.
(Por Priscila Jordão)
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Elton Szweryda Santos Paulinia - SP
Sou totalmente a favor das concessões das rodovias, pois se depender do poder público já viu. Mas a CCR, me desculpe, vai ser gananciosa assim lá longe! Estão chorando e barriga cheia, ou se a coisa está ou ficar no prejuízo o que eu duvido muito, que venda o negócio.