China planeja transformar a batata em comida basica
A China tem um plano para fazer da batata a quarta comida mais importante do país, atrás do arroz, trigo e milho, expandindo a área de cultivo da planta, revelou Yu Xinrong, vice-ministro da Agricultura.Batata tem sido plantada há cerca de 400 anos na China e conta hoje com uma área total de cultivo de 5 milhões de hectares no país asiático, mostram dados do ministério, que disse que a área será ampliada para 10 milhões de hectares, a fim de garantir o abastecimento de cereais.Na opinião de Wan Baorui, diretor da Comissão Estatal Consultiva de Alimentos e Nutrição, com a rápida urbanização registrada no país, já chegou a hora de tornar a batata uma comida básica. Além disso, isto pode fazer com que as pessoas tenham mais uma opção na mesa de jantar.Estima-se que a China enfrente, em 2020, uma demanda adicional de 50 bilhões de quilos. Falta ao país terra cultivável e potencial para aumentar a produtividade de trigo e de arroz, mas seria mais fácil obter avanços na produção de batata, diz uma análise do ministério.A China tem um limite mínimo de segurança de 120 milhões de hectares como terra de cultivo. Porém, existe sempre uma grande pressão no que diz respeito à proteção deste tipo de terra, principalmente devido à urbanização acelerada. (por Xinhua).China aumenta apoio financeiro para pequenas empresas e agriculturaO banco central da China elevou sua cota de refinanciamento em 50 bilhões de yuans (US$ 8,17 blhões) para aumentar o apoio financeiro para pequenas e microempresas e a agricultura. O refinanciamento é uma ferramenta utilizada pelo Banco Popular da China, o BC do país, para aumentar a liquidez das instituições financeiras e orientar os fluxos de crédito. Os fundos da cota terão que ser destinados às pequenas e microempresas e ao setor agrícola, áreas rurais e agricultores, informou um comunicado do BC na sexta-feira. Um recorde de 267,8 bilhões de yuans foi acumulado na cota de refinanciamento no final de 2014, um aumento de 99,4 bilhões de yuans em relação ao início do ano, e 52,4 bilhões de yuans foram para as pequenas e microempresas e 215,4 bilhões de yuans, para a agricultura. A ferramenta de refinanciamento desempenha um papel construtivo em aumentar a disponibildade de crédito para as pequenas e microempresas e agricultura, de acordo com o comunicado. O BC indicou em uma reunião sobre seu trabalho em 2015 que "manterá as políticas monetárias prudentes em 2015 com uma melhor coordenação das medidas monetárias restritivas e de flexibilização e com ajuste fino". (por Xinhua).
PIB de Beijing ultrapassa US$ 340 bilhões em 2014O produto interno bruto (PIB) de Beijing totalizou 2,133 trilhões de yuans(US$ 343,38 bilhões) em 2014, um aumento anual de 7,3%, anunciaram as autoridades locais. De acordo com um relatório publicado conjuntamente pelo Departamento Municipal de Estatísticas de Beijing e pelo escritório de pesquisa do Departamento Nacional de Estatísticas em Beijing, o PIB per capita da capital chinesa foi de 99.995 yuans em 2014. No ano passado, o valor agregado da indústria primária atingiu 15,9 bilhões de yuans, uma queda anual de 0,1%, enquanto os valores agregados da indústria secundária e terciária foram de 454,55 bilhões de yuans e 1,66 trilhão de yuans, aumentos anuais de 6,9% e 7,5%, respectivamente. O PIB da indústria terciária respondeu por 77,9% do PIB total de Beijing em 2014, um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao nível de 2008. Estatísticas mostram que o crescimento dos setores de comunicação e equipamentos eletrônicos, automóveis e medicina contribuiu com 74,2% ao crescimento total da indústria de manufatura da cidade em 2014. Entre as indústrias terciárias, finanças, informação e software, pesquisa científica e serviços registraram expansão mais rápida em 2014 e tiveram crescimentos anuais de 12,3%, 11,7% e 11,1%, respectivamente. O valor agregado do setor imobiliário caiu 2,2% em termos anuais. O valor total das importações e exportações de Beijing foi de US$ 415,65 bilhões em 2014, uma queda anual de 3,3%, de acordo com o relatório. Estatísticas oficiais divulgadas na terça-feira mostram que no ano passado o crescimento do PIB da China registrou o ritmo mais lento desde 1990, expandindo-se 7,4% para ficar em 63,65 trilhões de yuans. (por Xinhua).
Mercado gera superávit comercial da ChinaO superávit comercial crescente da China é em grande parte devido à queda dos preços das importações, e a grande disparidade comercial não foi intencional, disse um funcionário do comércio. "O governo incentiva importações", disse o vice-ministro do Comércio da China, Zhong Shan, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que o mercado não deve ser interpretado com exagero em relação ao superávit comercial. Denominadas em yuan, a moeda chinesa, as exportações aumentaram 4,9% no ano passado, enquanto as importações caíram 0,6% pois a queda dos preços globais de petróleo e commodities reduziu custos de importação. O superávit do comércio exterior cresceu para 45,9% em termos anuais, ou 2,35 trilhões de yuans (US$ 378,6 bilhões), de acordo com os dados oficiais. Zhong indicou que o superávit no comércio de mercadorias se deve à forte competitividade dos produtos fabricados na China no mercado global. No entanto, em termos de comércio de serviços, a China registrou um enorme déficit. Os números detalhados refletem a respectiva competitividade dos setores de fabricação e serviços da China no mercado global. Portanto, o superávit é um resultado da concorrência no mercado, em vez da intervenção do governo, segundo Zhong. Na coletiva de imprensa, Zhong reiterou a posição da China contra o protecionismo comercial e sua preferência por consulta e negociação para resolver atritos comerciais. A China enfrentou crescentes atritos comerciais nos últimos anos. À medida que a economia cresce e a competitividade dos produtos melhora, as disputas comerciais que envolvem a China continuarão a surgir. Mas o país continuará a adotar uma atitude aberta para os problemas e reforçará intercâmbios e cooperação com outros países, pois um ambiente saudável e sustentável de comércio beneficia todas as partes, disse Zhong. (por Xinhua).
Na FOLHA: China, uma leitura equivocadaPOR LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS)
A divulgação dos principais dados da economia chinesa em 2014 permite ao analista mais cuidadoso uma leitura diferente da encontrada na imprensa internacional. Aliás, foi muito interessante verificar que os principais órgãos da mídia mundial –desde o prestigioso "Financial Times" aos mais importantes jornais brasileiros– trouxeram a mesma chamada em sua primeira página: "A China tem o menor crescimento econômico dos últimos 24 anos". Contei no Google pelo menos 35 jornais com manchetes similares. Ofuscados por essa leitura padrão, de abrangência mundial, informações relevantes sobre a segunda maior economia do mundo nos dias de hoje ficaram sem a devida consideração. Gostaria de trazer ao leitor da Folha o que me parece significativo para entender seu desenvolvimento recente e projetar os próximos anos, deixando de lado a leitura com tintas de catástrofe da mídia. Em primeiro lugar, é preciso entender o verdadeiro significado dessa abstração estatística chamada de Produto Interno Bruto de uma economia, conhecida em sua forma mais popular como PIB. O PIB representa a totalidade de renda gerada durante o período de um ano em uma sociedade, somando os ganhos monetários de pessoas, empresas e governo. Aqui vale uma primeira observação em relação à manchete que a imprensa mundial escolheu para chamar a atenção de seus leitores: fala do menor crescimento percentual em 24 anos, e não em termos monetários. E ninguém vive de percentagem para tocar sua vida. Se deixarmos de lado esse erro primário e nos concentrarmos na medida monetária dos principais itens do PIB divulgados, o quadro que emerge é muito mais rico e intrigante. Em primeiro lugar, a renda pessoal do chinês cresceu, em 2014, 8% quando medida em relação ao ano anterior. Em razão desse crescimento maior do que a taxa média da economia, a participação do consumo das famílias, pela primeira vez, ultrapassou os 51% do PIB. As vendas ao varejo cresceram, em 2014, mais de 12%, superando o crescimento da produção industrial, que chegou a 8,3% no mesmo período. Em outras palavras, a China caminha rapidamente na direção de uma sociedade de consumo. Ou seja, seu crescimento econômico não depende mais apenas dos investimentos do governo em projetos na infraestrutura do país, como estradas de rodagem e de ferro e a construção de residências nas suas grandes, médias e pequenas cidades. Essa é uma mudança fundamental para garantir a estabilidade de longo prazo de sua economia, como sempre defenderam os analistas mais lúcidos da realidade chinesa. Outro sinal claro dessa nova economia que está sendo construída no país de Mao Tsé-Tung vem do crescimento de dois dígitos na atividade de serviços em 2014. Telecomunicações, comércio eletrônico, alimentação fora do domicílio e principalmente turismo –interno e externo– representam hoje parte importante do PIB chinês. Mesmo no segmento de bens industriais, a demanda continua a crescer de forma vigorosa. Em 1994, as vendas de automóveis na China chegaram a 24,5 milhões de automóveis, com crescimento de 9% em relação a 2013. Para o leitor ter uma ideia da grandeza desses números, basta compará-los com os números nos Estados Unidos –18 milhões– e na Europa –12 milhões. Os setores que puxaram a taxa de crescimento do PIB para seu nível mais baixo em 24 anos –como ressaltado pela mídia mundial– foram os investimentos do governo e a construção de residências. No caso do mercado imobiliário, a taxa de expansão em 2014 foi negativa. Ora, esses setores que representaram na China o motor inicial do crescimento extraordinário dos últimos 24 anos já não tinham mais condições de fazê-lo, e sua substituição pelo consumo é uma mudança fundamental para a continuidade da marcha da sociedade chinesa para o posto de maior economia do mundo. Talvez a manchete mais adequada para a divulgação dos números do PIB de 2014 deveria ser a seguinte: "A China já é o maior mercado consumidor do mundo e deixa de ser uma sociedade de poupadores". (por Luiz Carlos Mendonça de Barros). |
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