Investidores estrangeiros mostram-se irritados com manobras na economia
Investidores irritados
O humor dos investidores de Wall Street com relação ao Brasil continua longe de ser dos melhores.
Em uma rodada de palestras e reuniões em Nova York, o cientista político Murillo de Aragão recolheu impressões muito negativas. Não gostaram da forma em que a meta do superávit primário foi conseguida – ou seja, com dificuldade e dependendo de receitas extraordinárias.
Temem ainda o rombo nas contas correntes e seus efeitos sobre o câmbio. E, ainda, olham com desconfiança a gestão da política monetária e o comportamento da inflação. Dizem que o controle das tarifas e do preço de combustível não é a melhor forma de conduzir a questão.
Por fim, esses investidores acreditam que já passou da hora de mudar o comando da equipe econômica que não passa confiança nem parece inspirado para enfrentar os desafios que vem por aí – algo fora de questão neste mandato, ressalte-se.
Os mais irritados chegam ao exagero de dizer que o Brasil começa a se parecer com a Argentina.
Por Lauro Jardim
E o déficit continua
Nas duas primeiras semanas do ano, a balança comercial brasileira registrou um déficit de 574 milhões de dólares. O governo ainda tem duas semanas para virar o jogo.
Nada que uma “exportação” de plataforma de petróleo não resolva…(leia mais emExportações que salvam)
Por Lauro Jardim
“Exportações” que salvam
O déficit da balança comercial este ano, de 89 milhões de dólares, foi o pior desde 2000 – e teria sido ainda mais sofrível se o governo não tivesse lançado mão de uma de suas especialidades, a contabilidade criativa.
De janeiro a novembro, o Brasil “exportou” seis plataformas de exploração de petróleo. No mesmo período, em 2012, foram “exportadas” três unidades. O motivo das aspas: é uma exportação apenas no papel. Na verdade, as plataformas são vendidas, mas continuam onde estão, ou seja, em águas brasileiras.
Não há nada de ilegal, ressalte-se, na manobra. A Petrobras opera amparada por um regime aduaneiro especial, o Repetro (leia mais em Contabilidade criativa). Ainda assim, é um apelo ao ilusionismo.
Sem o Repetro, os números seriam esses: nos primeiros onze primeiros meses de 2013 a “exportação” de plataformas alcançou 6,6 bilhões de dólares, um volume 371% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado.
Mais: apenas em novembro, foram “exportadas” duas plataformas, no valor total de 1,8 bilhão de dólares. Sem essa exportação o superávit de 1,74 bilhão de dólares em novembro, teria sido um déficit de 60 milhões dólares.
Por Lauro Jardim
Contabilidade criativa
A Secretaria de Comércio Exterior divulgou na semana passada o saldo comercial com um superávit de 2,4 bilhões de dólares em junho, o maior do ano — um resultado vistoso para o período que o pais vive.
Segundo a Secex, o Brasil exportou no mês passado 21,2 bilhões de dólares. Tal resultado, contudo, é fruto de um artifício. Para alcançá-lo, o governo enfiou no item “exportação de manufaturados” a venda de uma plataforma para extração de petróleo, a P-63, por 1,6 bilhão de reais.
A plataforma teria sido exportada pela Petrobras para a subsidiária da estatal no Panamá — isso de acordo com a Secex. Só que a plataforma nunca saiu do Brasil.
No dia 18 de junho, a P-63 partiu de um estaleiro em Rio Grande (RS) em direção à Macaé (RJ). Ainda está em mares brasileiros e começará a operar na Bacia de Campos em setembro.
Foi, portanto, uma exportação feita apenas no papel. Assim, um superávit de 784 milhões de dólares engordou artificialmente para 2,4 bilhões de dólares.
Segundo a Petrobras, a operação é legal, amparada por um regime aduaneiro especial. O.k., mas foi usada como técnica de ilusionismo para lustrar o saldo da balança comercial.
(Atualização, às 14h28. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior enviou o seguinte complemento, que em nenhum momento desmente a nota acima: “Esta operação foi realizada ao amparo do regime do REPETRO – Regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e de gás.A apuração estatística da referida operação na exportação brasileira está em concordância com as recomendações das Nações Unidas de metodologia e produção estatística de comércio exterior, da qual o Brasil é signatário. A instituição do REPETRO tem por objetivo conferir maior competitividade à indústria nacional no fornecimento de equipamentos/montagem para a exploração e produção de petróleo e gás natural, o que permitirá também o domínio da tecnologia nesse importante segmento econômico e a geração de emprego e renda no país”)
Por Lauro Jardim
Brasil despenca 14 posições no ranking de liberdade da Heritage
A Heritage Foundation calcula há anos, junto com o WSJ, seu Índice de Liberdade Econômica, que procura avaliar o grau de liberdade de cada país, com base em critérios como política fiscal, império da lei, eficiência regulatória, abertura de mercado, etc.
Naturalmente, não é um indicador perfeito – o que, aliás, não existe. Mas representa, de maneira geral, um bom termômetro do patamar de liberalismo econômico dos países.
E, claro, o Brasil fica muito mal na foto. Na foto e no vídeo: nosso país perdeu 14 posições no ranking de 2014, caindo para o 114o lugar. Estamos chegando perto do Butão, aquele que até desistiu de medir o Produto Interno Bruto, mais objetivo, e passou a “calcular” a Felicidade Interna Bruta, tão subjetivo que vale qualquer coisa.
Até Honduras foi considerado um país com mais liberdade que o Brasil pela Heritage Foundation. Assim como o Quênia, o Camboja, a Tunísia e o Gabão. Em outras palavras, o Brasil é praticamente um país socialista! Isso apesar de a esquerda, hegemônica no poder, culpar o “neoliberalismo” por todos os nossos males…
Já o Chile desponta como a economia mais livre da região, e ganhou posições nos últimos anos, chegando ao sétimo lugar. Não por acaso, é também o país com maior renda per capita e IDH entre a vizinhança. Veremos, agora com a socialista Bachelet, se o país resiste às tentações socializantes ou se suas instituições são mais sólidas e resistirão ao avanço esquerdista.
Os Estados Unidos também chamam a atenção. Com Obama, o país, que já fora outrora o bastião da liberdade no mundo, vem perdendo posição, e ostenta um tímido 12olugar. Nada animador para quem conta com o legado americano como farol e liderança dos países que almejam mais liberdade e progresso.
No topo do ranking, em ordem, temos: Hong Kong, Cingapura, Austrália, Suíça, Nova Zelândia e Canadá. Creio que o Brasil tem muito a aprender com esses lugares. Em todos os aspectos, se desejamos nos aproximar mais desses modelos, temos de realizar inúmeras reformas liberalizantes na nossa economia. A receita é mais mercado e menos estado!
Tags: Heritage
(Blog Rodrigo Constantino, de veja.com.br)
Doutrinação marxista na UFRN
Está aberta a temporada de marxismo nas universidades federais em 2014! É o Brasil e sua obsessão com o atraso. Vamos estudar mais e mais este pensador que errou todas as suas previsões e que ajudou a criar regimes nefastos que só trouxeram ao mundo escravidão e miséria. Dessa vez, o show será na UFRN:
Quem precisa estudar Adam Smith, Benjamin Constant, Bastiat, Karl Popper, Mises, Hayek, Isaiah Berlin, Raymond Aron, Irving Babbitt, Milton Friedman, etc? Ora, são anões perto do gigante Marx! Por isso é altamente justificável dedicar tanto tempo e recursos públicos para divulgar cada vez mais seu pensamento brilhante.
Afinal, Marx nunca foi tão atual! Ajudou a inspirar o “socialismo do século 21″, como fizera no do século 20, e os resultados estão aí para provar, dessa vez, o acerto. Venezuela não me deixa mentir.
Até quando vamos conviver com esse marxismo retrógrado vendido para os jovens alunos como o último pensamento de vanguarda?
A imagem do Brasil do PT
Recebi e repasso. Vejam a imagem abaixo, e depois leiam o texto:
Essa imagem, que curiosamente foi postada por um esquerdista, mostra com exatidão como governa o PT.
O cidadão está no fundo do poço, mas o “intelectual” [ou o governante] não lhe dá a escada, o meio pelo qual ele possa galgar os degraus e subir, desde que faça algum esforço.
Ao contrário, o “homem humanitário” debruça na borda do buraco, estica um braço que nunca vai adiantar e faz cena de que quer ajudar [ou seja, esquerda caviar].
O “descamisado” do fundo do poço não sabe que existe uma escada, logo, imagina que aquele homem é bom e quer ajudá-lo, assim, aposta nele.
Os meios (escadas): Escola pública de qualidade, cursos técnicos, Transporte, Segurança, Infraestrutura, Economia forte [liberal], criação de empregos, etc.
Os jogos de cena: Bolsa família, Auxílio reclusão, maciça propaganda, Cotas raciais, etc.
Política do “Pão e Circo”; pão (bolsa isso, bolsa aquilo…) e circo (estádios glamorosos).
O país afunda, mas o poder está garantido.
Tags: Bolsa Família
(por Rodrigo Constantino)
Gestão exemplar
Do dia 11 de setembro de 2012, quando Dilma Rousseff assinou a MP que impôs a renovação das concessões e a queda de tarifas de energia, até sexta-feira passada, o valor das ações ordinárias da Eletrobras caiu 53%.
Por Lauro Jardim
AGRONEGÓCIO SALVA BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL COM SALDO RECORDE DE US$ 82,9 BILHÕES
De acordo com a CNA, complexo soja é o segundo item mais importante na pauta de exportações
Depois de assegurar as condições para que o Brasil alcançasse sucessivos recordes em sua balança comercial nos últimos anos, a agropecuária confirmou sua importância para o desempenho das exportações e da economia do país em 2013, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O crescimento de 4,3% das exportações do agronegócio, que totalizaram US$ 99,97 bilhões no ano, é quase duas vezes maior que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) estimada pelo governo para 2013.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2013, a participação do setor na balança total atingiu percentual de 41,3%, contra 39,5% em 2012.
O saldo da balança do agronegócio fechou o ano em US$ 82,9 bilhões, o que representa um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. Sem o bom desempenho do setor agropecuário, resultado das exportações totais do Brasil teria sido ainda pior que a redução de 1% registrada em 2013.
Da lista de 10 produtos recordistas de vendas externas, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), seis são agropecuários: soja em grão, farelo de soja, carne bovina, milho, celulose e couro. Além disso, os quatro primeiros lideram esse ranking.
No ano passado, os embarques do complexo soja ultrapassaram o faturamento obtido com as vendas externas de petróleo e derivados. As vendas de soja em grão, óleo e farelo somaram US$ 30,96 bilhões em 2013, enquanto os embarques de petróleo e derivado renderam US$ 22,37 bilhões.
O complexo soja quase alcançou os valores faturados pelo minério de ferro, principal item da pauta exportadora do país. Enquanto o primeiro respondeu por 12,8% das vendas externas, o outro representou 13,4% dos embarques.
Para 2014, a expectativa é de manutenção de taxas expressivas de crescimento das exportações de soja, reflexo da previsão de colheita de mais uma safra recorde no Brasil. O embarque de grandes quantidades do grão vai compensar eventuais recuos dos preços internacionais da commodity.
No Blog de Reinaldo Azevedo:
Indústria: um espeto de US$ 105 bilhões, mas com muito prestígio político!
No post anterior, falo sobre o desempenho do agronegócio brasileiro e de como o setor é tratado em áreas formadoras de opinião. Como se pode ler, o superávit comercial do setor em 2013 foi de fantásticos US$ 82,91 bilhões. Como a balança brasileira, no ano passado, ficou positiva em ridículos US$ 2,5 bilhões, alertei que o desempenho dos demais setores tinha sido muito fraco. Era óbvio, não?
Vieram a público os dados da indústria. Pois é! Se o superávit do agronegócio está querendo entrar na reta dos US$ 100 bilhões, o déficit da indústria já superou esta marca: foi de US$ 105 bilhões no ano passado. No anterior, tinha sido de US$ 94,162 bilhões. Vale dizer: está piorando.
Como se vê, apesar do incentivo do governo em várias áreas, é evidente que a indústria brasileira está perdendo competitividade. Assim, é mesmo uma sorte que o agronegócio tenha se profissionalizado, garantindo que o país não vá, célere, para o buraco.
Pode-se argumentar que a indústria é mais suscetível aos erros de operação de política econômica do que o agronegócio. Uma coisa, no entanto, é certa: este segundo setor busca a modernização e a independência com mais determinação do que o outro. E já nem se fale, então, do, como vou chamar?, prestígio político, não é?
Os grandes da indústria brasileira costumam ser paparicados pelo governo como patriotas, independentemente de seu desempenho. A agricultura e a pecuária, ao contrário, têm de enfrentar a campanha difamatória da secretaria-geral da Presidência, dos ambientalistas, dos sem-terra, dos quilombolas, dos índios, dos naturebas e, claro!, dos especialistas em agronegócio do núcleo de teledramaturgia da TV Globo… Lá se encontra a maior concentração por metro quadrado de estudiosos da balança comercial…
Por Reinaldo Azevedo
Todo cuidado é pouco
O ano começou – ou seja, no dia 1º – com uma média de 9 000 megawatts-hora de energia dastermelétricas acionados. O tempo passou, as chuvas não vieram e, ontem, foram efetivamente acionados 13 550 megawatts.
No sistema, só há mais uma folga escassa de 2 989 megawatts para serem acionados. Estamos, portanto, no limite.
Por Lauro Jardim
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