Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o caráter fantasioso do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em 2007, basta pegar a lista de obras aprovadas para o RS e para os demais Estados, conferir o estado de cada uma delas e constatar a grande farsa. . Aliás, nem é preciso viajar, porque está tudo no relatório apresentado pelo próprio governo na quarta-feira. . O jornal Valor desta quinta-feira, fez um pequeno resumo do relatório e constatou que 13 das 19 obras “estruturantes ”(nenhuma delas fica no RS) caminham totalmente fora do prazo, embora o governo diga que estão dentro do prazo – mas do novo prazo. . Aliás, algumas destas 19 obras estruturantes, que somam R$ 166 bilhões, que seriam entregues pelo próprio Lula, não serão entregues sequer por Dilma, caso ela não seja reeleita. . O governo anunciou que Dilma selecionou 20 grandes obras para fazer visitas pessoais, visando desatar nós. Esta lista seria incluída numa espécie de PAC do PAC. - Viciado em PAC, o governo federal costura o PAC da Agricultura, conforme confirmou o próprio ministro Mendes Filho.
Mendes Filho está forte no ministério Ao contrário do que transita por alguns jornais, nem de longe o ministro Mendes Filho está insatisfeito ou a presidente está insatisfeita com ele.
Rebelião do PMDB é mesmo para valer... enquanto durar
Quando saiu de Brasília para visitar Porto Alegre, nesta quinta, o senador Vicente Raupp deixou atrás de si um fogaréu político aceso pelos líderes do PMDB no Senado e na Câmara, insatisfeitos com o modo como a presidente Dilma Roussef trata os interesses do Partido. . A grita é para valer, pelo menos enquanto durar o queixo duro de Dilma. . A insatisfação tornada pública pelo PMDB, interessa também aos demais Partidos que são também maltratados pelo governo, com ênfase para o PDT. . Sem jogo próprio de cintura e sem articulador político de peso e que respeite, a presidente só ouve o ex-presidente Lula, que neste momento não fala. - Se não houver acerto até lá, o PMDB prometeu derrotar o governo, novamente, no caso da votação do Código Florestal.
ANTT e Bernardo Figueiredo levam Dilma à derrota no Congresso O voto secreto foi um dos principais responsáveis pela derrubada de Bernardo Figueiredo (leia mais em Indicação derrubada), o indicado de Dilma Rousseff para o comando da ANTT. Momentos antes da votação no Senado, Roberto Requião apresentou requerimento para derrubar a indicação de Figueiredo. Como a votação foi aberta, o resultado foi positivo para o Planalto: 37 a trinta a favor de Figueiredo. Na hora da análise final, Requião fez questão de pedir que José Sarney confirmasse a votação secreta. A partir da resposta afirmativa de Sarney, a rebelião se consumou. A indicação de Dilma foi preterida pelos senadores por diferentes fatores: teve peso de ouro a atuação da bancada peemedebista, inflada por Requião e pelo descontentamento de Renan Calheiros. Falou alto também a insatisfação da base governista que chegou ao limite e explodiu. Disse Romero Jucá: - Os senadores estão desgostosos por diversos motivos: o ministro que não atendeu, a indicação que não saiu, a emenda que não foi liberada… O silêncio tomou conta do plenário do Senado nos instantes que antecederam a divulgação do resultado da votação. Imediatamente à revelação, parte dos peemedebistas festejou com Roberto Requião e outra parte tratou de esvaziar o plenário. Por Lauro JardimTags: ANTT, Bernardo Figueiredo, Dilma Rousseff, PMDB, Roberto Requião, Romero Jucá, Senado Um graúdo líder da base governista no Senado interpreta assim a queda de Bernardo Figueiredo da ANTT: - É um recado claro de que o PT sozinho não consegue nada aqui. Isso aqui não é só o PT. A Dilma tem que saber que existe base também. Acabou esse negócio de mandar qualquer coisa aqui e a gente aprovar. Agora tem que conversar. Por Lauro JardimTags: ANTT, governo Dilma Rousseff, PT, Senado Aloysio, radiante com a derrota do governo Radiante com a derrota de Dilma Rousseff no plenário do Senado nesta tarde, Aloysio Nunes Ferreira resumiu assim a votação que derrubou Bernardo Figueiredo do comando da ANTT: – Votar contra o governo é tão bom que isso não pode ser privilégio só da oposição. Por Lauro Jardim
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