Capacitação é prioridade na execução do Plano ABC

Publicado em 02/01/2012 15:01
Ministério da Agricultura já treinou cerca de 3 mil pessoas no ano de 2011.
Para incentivar os produtores a aderirem ao Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e divulgar os benefícios das técnicas disseminadas pelo programa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensificará as ações de capacitação junto aos técnicos, agricultores e demais agentes do setor agropecuário brasileiro em 2012, por meio de seminários de sensibilização e cursos sobre as linhas tecnológicas preconizadas pelo Plano. O objetivo é mobilizar o setor em todas as regiões do país para que as tecnologias sejam difundidas e cada vez mais propriedades as utilizem e, dessa maneira, haja menos emissão de Carbono na atmosfera.

Em 2011, os técnicos de Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso receberam treinamento por meio de um curso introdutório. Em outros oito estados brasileiros, houve seminários de sensibilização para que os diferentes agentes que atuam na promoção de uma agricultura mais sustentável entendam a importância do tema. Durante os encontros, são também identificados parceiros que podem colaborar na elaboração do Plano ABC Estadual. A intenção é que cada local tenha uma estratégia específica, de acordo com suas características próprias.

O Mapa irá trabalhar com agentes multiplicadores do Plano ABC no Brasil todo e pretende, até o fim de 2012, fazer com que os produtores rurais também tenham acesso aos treinamentos. A capacitação fará com que mais técnicos estejam aptos a criar projetos utilizando tecnologias de baixa emissão de carbono e, dessa maneira, tenham acesso ao crédito agrícola disponibilizado pelo Plano ABC, colocando em prática as tecnologias propostas, e promovendo uma agropecuária cada vez mais sustentável.

Ações

Para difundir uma nova agricultura sustentável, que reduza a liberação de gás carbônico na atmosfera, o Plano ABC incentiva seis iniciativas. Essas ações têm metas e resultados a serem alcançados até 2020. São elas:

Sistema Plantio Direto: O objetivo é ampliar os atuais 25 milhões de hectares para 33 milhões de hectares. Esse acréscimo permitirá a redução da emissão de 16 milhões a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Recuperação de pastagens degradadas: É preciso transformar as terras degradadas em áreas produtivas para a produção de alimentos, fibras, carne e florestas. O governo quer recuperar 15 milhões de hectares e reduzir entre 83 milhões e 104 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Integração lavoura-pecuária-floresta: O sistema busca combinar pastagem, agricultura e/ou floresta em uma mesma área. A meta é aumentar a utilização do sistema em 4 milhões de hectares e evitar que entre 18 e 22 milhões de toneladas de CO2 equivalentes sejam liberadas.

Plantio de florestas comerciais: O objetivo é aumentar a área de 6 milhões de hectares para 9 milhões de hectares de florestas plantadas.

Fixação biológica de nitrogênio: A técnica busca incorporar microorganismos/bactérias ao sistema radicular de algumas espécies cultivadas para captar o nitrogênio existente no ar, aumentando teor de matéria orgânica e de carbono do solo, reduzindo a emissão deste, além de contribuir para o desenvolvimento das plantas. O governo quer incrementar o método na produção de 5,5 milhões de hectares e reduzir a emissão de 10 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Tratamento de dejetos animais: A iniciativa aproveita os dejetos de suínos e de outros animais para a produção de energia (gás) e de composto orgânico. Outro benefício é a possibilidade de certificados de redução de emissão de gases, emitidos por mercados compradores.

O objetivo é tratar 4,4 milhões de metros cúbicos de resíduos da suinocultura e outras atividades, deixando de lançar 6,9 milhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera.

Plano ABC

Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) foi criado pelo Governo Federal para atender aos compromissos voluntários assumidos n a 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativas das emissões de gases de efeito estufa geradas pela agropecuária. O Plano pretende evitar a emissão de 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2 nos próximos dez anos. Um dos componentes do Plano ABC é uma linha de crédito exclusiva – o Programa ABC – que busca facilitar ao produtor rural a implantação de sistemas de produção que reduzam as emissões de Gases Efeito Estufa (GEE). No total, os projetos de investimento voltados a esses sistemas de produção já têm disponibilizados, via plano Safra, cerca de R$ 3,15 bilhões que poderão ser contratados nas agências bancárias, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos, quando existir o componente arbóreo no sistema de produção. De junho a novembro, os cinco primeiros meses deste plano Safra, foram liberados R$ 178,1 milhões pelo Programa ABC.

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Mapa

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