Plano para resgatar sistema financeiro da Europa pode chegar a US$ 2 tri
O plano está dividido em cinco pilares de ações interdependentes:
1) uma resposta aos problemas na Grécia;
2) a conclusão das intervenções na zona do euro para conter a crise;
3) uma abordagem coordenada de reforço do sistema bancário;
4) a aceleração de políticas de crescimento e de estabilidade; e
5) a definição de políticas de governança sólidas e integradas para o futuro.
"Este roteiro nos mostra o caminho para a Europa poder sair da crise econômica. As respostas reativas e fragmentadas aos diferentes aspectos da crise já não são suficientes. A meta do plano é restabelecer a confiança dos mercados na saúde da economia na zona do euro e na União Europeia e romper o círculo vicioso criado pelas dúvidas quanto à sustentabilidade da dívida pública, à estabilidade do sistema bancário e às perspectivas de crescimento da União Europeia", disse Barroso em um comunicado.
Outro apelo do presidente da Comissão Europeia foi para que seja fortalecido o fundo de resgate à economias e países da Zona do Euro recém criado e que totaliza US$ 2 trilhões possa ser fortalecido.
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>> UE exige reforço de capital dos bancos
Veja o que dizem os demais veículos sobre o plano de recapitalização da Comissão Europeia:
No Estadão: Zona do euro estuda ampliar em 5 vezes poder de fogo do fundo de resgate
Os países da zona do euro estão considerando como aumentar, em pelo menos cinco vezes, para 2,5 trilhões de euros, o tamanho do fundo de resgate do bloco, informou nesta quarta-feira uma fonte à agência de notícias Dow Jones. O presidente da Comissão Europeia e membro da diretoria executiva da UE, Jose Manuel Barroso, pediu nesta quarta cedo que os 17 países da zona do euro ampliem o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. "Deveríamos maximizar sua capacidade", afirmou Barroso no Parlamento Europeu, sem oferecer detalhes sobre o assunto.
Uma fonte dentro da UE disse que especialistas estão em busca de várias opções para "alavancar" o impacto potencial financeiro do EFSF. Uma das opções seria deixar isso por conta dos bancos que poderiam obter fundos do BCE através de empréstimos ilimitados, mas "essa opção não é viável porque fere o Tratado da UE", informou a fonte.
Uma segunda opção seria o EFSF garantir aos detentores de bônus de países endividados a "elevação de 10% ou 20%, por exemplo" na sua parte da cobertura de perdas se o país decretar default. Nesse caso, com o EFSF desempenhando o papel de garantidor, "especialistas acreditam que poderíamos multiplicar em três, quatro ou até cinco vezes a capacidade de intervenção do fundo", explicou a fonte.
A mesma fonte informou que nenhuma decisão foi tomada ainda e que as conversações sobre o assunto continuam em andamento. As informações são da Dow Jones.
No Valor: Deutsche Bank e asssociações criticam plano de recapitalização
O plano de recapitalização dos bancos apresentado ontem pelo presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, não agradou ao setor bancário europeu, como a questão de supressão de bônus e dividendos nas entidades resgatadas e o aumento temporário do capital mínimo exigido para garantir a solvência.
O executivo-chefe do Deutsche Bank, Josef Ackermann, manifestou dúvidas quanto à eficácia de um nível de capital maior para os bancos no combate da crise da dívida soberana. Na visão dele, a crise atual não é um problema de adequação do capital das instituições financeiras e, sim, de perda de status dos bônus dos governos como ativos livres de risco.
Em conferência em Berlim, Ackermann pediu que os governos restabelecem a confiança na solidez das finanças públicas e disse que o Deutsche Bank vai fazer de tudo para "não ter ajuda do governo".
A proposta de Barroso também foi criticada pela Federação Alemã dos Bancos assim como pela Associação Espanhola de Bancos (AEB), que indicou que o plano geral traz "incerteza e confusão" e coloca as instituições "em uma grave situação de suspeita e desconfiança".
Ontem, o presidente da Comissão Europeia sugeriu que os bancos que precisem de mais recursos não paguem bônus nem dividendos até que consigam criar um colchão que atendam aos novos padrões de capital. Ele indicou que o reforço de capital ocorra por meio de injeção pública e privada, e, em último caso, por meio do fundo de resgate europeu.
Barroso também pediu que o Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e governos coordenem os esforços para que haja plena transparência com relação à exposição dos bancos à dívida soberana.
Na Reuters: Parlamento eslovaco se prepara para votar de novo fundo europeu
A coalizão governista da Eslováquia preparou um novo voto de ratificação para o fundo de resgate da Zona do Euro nesta quinta-feira, depois de forçar um acordo com a oposição esquerdista que levará a uma nova eleição mas removerá a ameaça ao mecanismo de ajuda.
Três partidos do governo da primeira-ministra Iveta Radicova concordaram que o partido esquerdista Smer aprove um acordo até sexta-feira para aumentar os poderes do Instrumento Europeu de Estabilidade Financeira.
A votação encerrará um impasse sobre o fundo, depois de na terça-feira um quarto partido governista se abster de um voto de confiança sobre o fundo.
Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.
A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.
Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.
Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.
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