Safra de café alcança 43 milhões de sacas
O melhor desempenho da produção de café (arábica e conilon) se deve principalmente às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras. Os bons preços do café também contribuíram porque possibilitaram ao produtor investir, por exemplo, em melhores técnicas para o trato cultural (adubação, irrigação etc.).
A safra atual é 10,3%, ou 4,94 milhões de sacas inferior aos 48 milhões do ciclo anterior. A redução é registrada devido à baixa bienalidade, característica da lavoura de café, que alterna anos de ciclo alto e baixo.
De acordo com o estudo da Conab, a produção não foi maior por causa da estiagem em janeiro e fevereiro. Essa condição climática prejudicou as lavouras em fase de enchimento dos frutos, sobretudo em Minas Gerais (regiões sul e cerrado mineiro), na Bahia e em Rondônia. A maior redução é observada na produção de café arábica, com queda de 13,4% (4,93 milhões de sacas). Para a produção do conilon (robusta), a previsão aponta uma redução de 0,1%, correspondente a 8,6 mil sacas.
A comparação entre a estimativa atual e a anterior, realizada em maio, aponta aumento de produção no Espírito Santo (551 mil sacas) e Paraná (120 mil sacas). Minas Gerais, Bahia e Rondônia, devido à estiagem, apresentam redução na safra.
Estoques
O café arábica representa 73,9% (31,89 milhões de sacas) da produção nacional, e o maior produtor é Minas Gerais, com 67,1% (21,40 milhões de sacas) de café beneficiado. Já o robusta participa com 26,1% do grão beneficiado e tem grande produção no Espírito Santo, com 75,4% ou 8,49 milhões de sacas. A área total (em formação e em produção) soma 2,27 milhões de hectares -- 0,66% inferior à cultivada na safra passada.
Os estoques privados somam 9.238.135 sacas de café, quantidade 3,29% superior à contabilizada em 2010, quando chegou a 8.943.988 sacas. O café do tipo arábica continua predominante no estoque privado nacional, correspondendo a 89,11% do total.
As informações do levantamento referem-se aos trabalhos realizados no período entre 14 e 27 de agosto, quando foram visitados os municípios dos principais estados produtores -- Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro --, que respondem por 98% da produção nacional. Foram realizadas entrevistas e aplicados questionários a informantes previamente selecionados.
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